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domingo, 17 de janeiro de 2010

SL (parte 3)

Cabelos castanhos despenteados, presos com uma fita de cetim verde. Chiclete sabor tutti-frutti. Fones de ouvido. Olhos grandes e expressivos. Do tipo que atravessa a rua sem olhar para os lados, se baseando apenas nas "vibrações do chão". Camiseta cinza com estampa do Mickey. Saia rodada e joelhos machucados.


Gritei "Mary" e ela permaneceu parada na fila do caixa. E eu disse "Oh, Susie" em volume mais baixo, o que provocou um sorriso breve naquele rosto quase angelical. Ela só se rendeu quando ouviu "Hey, Jude" - resistiu a "Dana O'Hara" e "Jamie", mas só voltou-se para mim depois que eu falei em "Jude". Estranho, muito estranho: ninguém é indiferente a "Bette Davies".


Trocamos poucas palavras. Ela estava esperando para pagar um pacotinho com sementes. E refrigerante sabor limão. Me contou sobre sua idéia repentina de plantar flores, enfeitar sua janela. Não parecia ser do tipo que come alface e ama os animais. Me deixou em silêncio, observando novamente suas costas. E eu já não sabia a qual música teria de recorrer para ganhar sua atenção novamente.


"Samantha", "Julia", "Caroline", "Sara", "Polly", "Helena"... tudo em vão. De repente, ela se virou. Sobrancelha erguida. Mascava furiosamente o chiclete. Tudo isso faria sentido se a reação anterior não tivesse existido. Eu disse "Jude?!" com um sorriso nervoso, mas ela olhou para baixo e sacudiu a cabeça num sinal de "não". Parecia irritada com o meu não-entendimento dos fatos, e eu já estava me incomodando com aquela pressão para que eu decifrasse a mensagem.


Cabelos castanhos despenteados. Camisa xadrez verde, cinza e azul-marinho. Chiclete de menta. Chave pendurada no pescoço. Olhos pequenos e claros. Calça comprida e tênis com merda. Do tipo que adora cachorros, mas não sabe controlá-los no parque - e sempre arranja confusão com famílias que fazem piquenique.


Eu disse "Eu sei que fui eu quem começou com tudo isso, mas eu não entendo.", encarando os olhos grandes com os meus pequenos. Ela pegou da cesta que eu carregava a lata de extrato de tomate e o pacote de massa, e apertou cada um deles contra suas bochechas, num bizarro gesto amoroso.


Pagamos as compras e fomos cozinhar massa com molho e plantar flores. O que combinava com o "Hey" de "Hey, Jude" era o "Hey" de "Hey, Paul" e, em função disso, decidimos nos chamar por esses nomes fictícios e deixar de lado nossas verdadeiras identidades.


Acabei limpando a merda dos tênis na grama de um dos vizinhos de Jude, ainda no caminho para sua casa. Ouvi a história dos machucados dos joelhos dela e pensei em presenteá-la com joelheiras quando tivesse oportunidade. Só me enganei quando inferi seu gosto por alface: ela tinha uma plantação delas. 



 

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Orchard of my eye

Oh you, you are the orchard of my eye
I couldn’t help but re
cognize
You were standing in my way

And you, dream of rainbows in gray skies,
Couldn’t help but re
alize
I feel the way I do

When we fall, we’ll fall together in the end
Please don’t tell me I’m your friend
I am not your friend when you call
I’ll come stumbling to your side,
and by your side I will stay

They are the goons we shouldn’t fear,
Making faces breaking mirrors –
I wish that they’d just stay at home,

But while we’re on the outside looking in,
Let’s take pleasure while we can –
Because it’s coming to a head

When we fall, we’ll fall together in the end
Please don’t tell me I’m your
friend
I am not your friend when you call
I’ll come stumbling to your side,
And by your side I will stay

I am much more than your friend.


{ The Pains Of Being Pure At Heart }


terça-feira, 15 de setembro de 2009

Fat'bottomed Girl

"Sexo verbal não faz meu estilo
Palavras são erros e os erros são seus
Não quero lembrar que eu erro também

Um dia pretendo tentar descobrir
Porque é mais forte quem sabe mentir
Não quero lembrar que eu minto também"


Esse trecho de "Eu sei" tocou em boa hora: estava conversando e refletindo sobre o ser humano - o ato propriamente dito. Ok, não exatamente tão vago assim... O assunto é mais direcionado para situações "dolorosas". Sim, vale a idéia de que o sofrimento é opcional (a velha história) - transformar o luto em melancolia é só para os artistas... Tenho um amigo um tanto Shakesperiano, e (sei lá se ele sabe disso) sinto um superorgulho da atitude (um tanto romântica) dele de mostrar suas fraquezas, pedir auxílio e, enfim, não bancar o machão insensível. Não pretendo dar início a um discurso do gênero "mulheres gostam de caras sensíveis", a idéia não é nem de longe essa. E nem sei se gostam ou não. Pouco importa. Ele está mais maduro, menos dramático talvez. E anestesiado (eu gosto dessa idéia). Depois de um tempo, independente do aprendizado que adquirimos e da freqüência das decepções, acredito que vamos nos acostumando com os fatos e sentindo-os menos a cada vez que se repetem. Não é que sejamos tolos a ponto de deixarmos tudo acontecer do mesmo jeito, não é mesmo. Cada caso é único. Enfim, só queria dizer que acho bonita a verdade, acho que as lágrimas são dignas - foda-se se o responsável por elas merece ou não. Foda-se. Umas das coisas mais admiráveis pra mim é justamente a grandeza de cair e levantar. No palco, na vida, anywhere. Eu falei sobre isso aleatoriamente. Não me identifico com essa situação. Na verdade, fiquei pensando que eu adoro (mesmo) relacionar amigos com personagens equivalentes [?]. Até hoje, acho que só fiz isso com dois. Lestat/Louis e Arthur. Ok, o primeiro exemplo ficou meio infeliz. Mas eu gosto dos dois, acho que se completam. E o Arthur, ah... Nossa, sou apaixonada pelo Rei Arthur. Arthur, Morgana, Merlin, Vivian, blablablá... Quanto ao Holden Caulfield, sei lá... eu sou ele, é meio arriscado desejá-lo na minha frente. Fora que ele é um tanto cinza. Mas um tanto cinza mesmo. Tem dias que nem eu me agüento. Mas , enfim, o Holden é eterno. Eterno. Por falar nele, hoje eu vi a terceira edição (terceira!) do Apanhador em cima de uma mesa e, ai, babei. Bons livros quando são velhos são tão mais atraentes. Ai ai. Nossa, estou muito emocionada com as aulas. Tipo muito mesmo. Aquilo de chegar em casa exausta e ir correndo ver o que tem pra fazer. Nesse domingo, bizarramente eu senti falta de ir pra UFCSPA. Senti falta das pessoas, dos comentários, das risadas. Às vezes, é verdade aquilo que dizem sobre uma janela se fechar e uma porta se abrir. Sou meio teimosa, mas procuro manter a cabeça aberta. Sei lá, eu sou boazinha. Não do tipo padrão, é claro: eu invento apelidos e sou um tanto cretina mesmo. Mas sou boazinha. Acho interessante o diálogo, necessário ceder, fundamental respeitar. Não é uma boa idéia do destino me fazer pensar que minhas primeiras impressões, meus primeiros julgamentos, estão certos: mas é delicioso poder pensar que minha intuição é generosa comigo. Ok, essa frase ficou estranha. Sei que ando falando com gente diferente, que tem me surpreendido litros. E tem sido ótimo. Cada vez mais eu me acho meio esquisita por ser a saiazinha entre as bermudinhas [?], mas, no fundo, é o que me faz bem. Acho que os caras te mantêm no lugar, gurias te puxam pra lá e pra cá. Ah, não quero explicar isso. De qualquer modo, sou aberta. Gosto de cuidar dos meus amigos, gosto mesmo. E tem sido um ótimo período pra isso. E eu estou parando de roer unhas do nada. E comendo menos chocolate (mas isso aí não reflete exatamente a minha vontade...). Eu acho engraçado quando sofro com essas mulherzites do tipo se identificar profundamente com "Bette, a feia". É tão fácil conhecer o inferno às vezes. Enfim. Ui, achei muito profundo e exagerado o que eu disse. Eu queria ficar falando sobre qualquer coisa, mas foi inevitável falar de mim. Acho que estou bem. Não tenho certeza, depende do momento. Depende de o quanto eu estou disposta a refletir sobre minhas atitudes de uma maneira justa para mim e todo mundo. Eu sou trouxa, sou trouxa o bastante para me ferrar no lugar dos outros. Mas é puro egoísmo isso, puro egoísmo segundo a filosofia. Infeliz como parece que eu estou propaganda de "Ivy, a coitada"... Nem é isso. Sabe, ainda que eu me ferre, eu faço o que me faz bem. Se eu achar válido me ferrar, eu me ferro. E acho que ultimamente eu estive suportando muitos problemas que não eram meus - não estou tão disposta a me sujeitar a certas situações. Continuo sendo uma "pessoa substituta", do tipo que quer te deixar bem a todo custo. E continuo me identificando com a Clementine, mesmo que não deseje a história dela. E, antes de tudo, continuo exercendo meu papel de "pessoa-que-espera". Só que eu cansei por ora, só isso. Festas animadas, com gente esquisita e gente linda, têm me alegrado, me feito pensar. Mais do que nunca, tenho adorado ser a dona da casa e a dona da minha vida. O final foi só pra fechar com estilo, porque a preguiça de escrever mais bateu. São 04:18 no relógio. E, sei lá, não estou "blé". Me disseram que pareço mais insensível e estou mais fechada. Talvez. Creio que sim. Mas continuo sendo eu, seja lá o que isso signifique. Estranha necessidade de ser abraçada em conflito com a vontade de evitar qualquer contato. Ok, não necessariamente qualquer contato. Mas odeio os nordestinos e analfabetos que surgem no msn. De novo não é um bom "final". Ok, acho que fica mais bonitinho se eu disser que estou com vontade de caminhar por aí e falar merda em boa companhia, comendo balas de gelatina ou qualquer coisa que me faça pensar que minha barriguinha é de felicidade [?]. Ou não. Beijo pro meu pai, pra minha mãe, e pra você!

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Peach, Plum, Pear

We speak in the store
I'm a sensitive bore
You seem markedly more
And i'm oozing suprise

But it's late in the day
And you're well on your way
What was golden went gray
And i'm suddenly shy

And the gathering floozies
Afford to be choosy
And all sneezing darkly
In the dimming divide

And i have read the right books
To interpret your looks
You were knocking me down
With the palm of your eye

Go; na na na na na na na na na na
Na na na na na na na na na na
Na na na na na na na na

This was unlike the story
It was written to be
I was riding its back
When it used to ride me

And we were galloping manic
To the mouth of the source
We were swallowing panic
In the face of its force

And i was blue
I am blue
And unwell
Made me bolt like a horse

And; na na na na na na na na na na
Na na na na na na na na na na
Na na na na na na na na

Now it's done
Watch it go
And you've changed so

Water run from the snow

Am i so dear?
Do i run rare?
And you've changed
So

Peach, plum, pear
Peach, plum


Joanna Newson

segunda-feira, 27 de julho de 2009

All at once.

There are certain people you just keep coming back to
She is right in front of you
You begin to wonder could you find a better one
Compared to her now she's in question
And all at once the crowd begins to sing
Sometimes the hardest thing and the right thing are the same
Maybe you want her maybe you need her
Maybe you started to compare to someone not there
Looking for the right one you line up the world to find
Where no questions cross your mind
But she won't keep on waiting for you without a doubt
Much longer for you to sort it out
And all at once the crowd begins to sing
Sometimes the hardest thing and the right thing are the same
Maybe you want her maybe you need her
Maybe you started to compare to someone not there
Maybe you want it maybe you need it
Maybe it's all you're running from
Perfection will not come
And all at once the crowd begins to sing
Sometimes
We'd never know what's wrong without the pain
Sometimes the hardest thing and the right thing are the same
Maybe you want her maybe you need her
Maybe you've started to compare to someone not there
Maybe you want it maybe you need it
Maybe it's all you're running from
Perfection will not come
Will not come
Maybe you want her maybe you need her
Maybe you had her maybe you lost her to another
To another

{The Fray}



quarta-feira, 22 de julho de 2009

Sacanices

Se tem uma coisa sacana de se fazer é já agradecer a alguém por um favor ainda não atendido: é como se a pessoa fosse obrigada a fazer o que se pede. Mais sacana ainda é fazer aquelas declarações de amor vergonhosas em público. Puxa, faria uma lista de coisas sacanas. Acho sacana o Programa do Didi, ou seja lá o nome que isso tenha. Hoje eu estou num desses dias em que você acorda e quer proteger as crianças da maldade do mundo (eu espero que todos já tenham tido ao menos um dia assim...). Mudando totalmente de assunto, ontem eu vi a estréia de um programa extremamente revoltante. Quer dizer, eles juntaram tudo de essencialmente "mulherzinha" num lugar só. É como se fosse a versão audiovisual da revista Capricho ou algo assim. Eu realmente acho curiosa minha paciência para com alguns programas de televisão. Fico pensando se quem assiste às porcarias fica realmente contaminado ou, sei lá, se sente em parte triste por estar perdendo seu tempo. Ok, lamentável e nojentinho da minha parte. O programa tem como objetivo ajudar pessoas (até então, só vi meninas nas propagandas) que estão na fossa, com dor de cotovelo, esse tipo de situação. E, para te tirar da rotina de cama e gula, te fazem fazer coisas ridículas. Eu fiquei passada quando vi a moça queimando bichos de pelúcia num fogão no jardim de casa - ok, se livre das suas lembranças, mas doe os brinquedos. E, enfim, queimar coisas não é legal. Ela ainda ligou para o ex-namorado para dizer aquelas coisas do tipo "não me procure, vou ser feliz sem você - não vou esperar você querer voltar para mim". Tudo bem, foram adotados cerca de cinco passos - um deles foi dar um up no visual, é claro. Essa história de mudar o cabelo eu vejo em muitas pessoas - é, se eu dissesse que não sou uma delas, talvez não parecesse muito sincera. A moça "superou", inflou o ego e ficou se gabando quando o cara quis reatar o compromisso que eles tinham um com o outro. Eu acho um tanto infeliz essa coisa de "veja como eu não preciso de você"... Enfim. Eu estou sensualmente gripada de novo, o que me aponta que esse início de semestre não será tão diferente assim do outro. Ok, estou falando demais. É que me deu vontade, vontade de repetir que eu odeio camiseta polo amarela, que eu só como maionese quando misturada com batatas, que todo dia é dia de ver o sol se pôr, que vento nas maçãs do rosto me faz sentir bem, que o fato de eu dizer que não sou fã de alguma coisa pode simplesmente significar que não a conheço o suficiente. Não gosto de falar de músicas, não gosto. Não conheço quem está por trás delas, os gêneros em que se enquadram, a relevância que tiveram em seus países. Músicas e livros são coisas que se tornam importantes por si só, pelo valor que cada um - "em seu íntimo" - deposita em cada nota, em cada página. E eu não sei por que estou falando disso. Me perdi nos meus pensamentos comparando o vício pelo consumo de alguma droga ilícita com o nível crescente de exigência que vamos criando ao longo de nossas experiências. Sabe, eu acho que crescer é uma das coisas mais difíceis do mundo: não se "deseja" amadurecer. Mentira, acredito que isso seja desejável sim. Estou insegura quanto ao meu gosto por finais infelizes e à indiferença para com algumas coisas que, por ora, eu pensava ter. No fundo, talvez eu me mostre contraditória mesmo: quando alguém se diz indiferente, geralmente anuncia que ainda se importa. E a indiferença também é uma coisa sacana, se for pensar bem.



quinta-feira, 23 de abril de 2009

After Hours

If you close the door
the night could last forever
Leave the sunshine out
and say hello to never

All the people are dancing
and they're having such fun
I wish it could happen to me

But if you close the door
I'd never have to see the day again

If you close the door
the night could last forever
Leave the wine-glass out
and drink a toast to never

Oh, someday I know
someone will look into my eyes
And say hello
you're my very special one

But if you close the door
I'd never have to see the day again

Dark party bars, shiny Cadillac cars
and the people on subways and trains
Looking gray in the rain, as they stand disarrayed
oh, but people look well in the dark

And if you close the door
the night could last forever
Leave the sunshine out
and say hello to never

All the people are dancing
and they're having such fun
I wish it could happen to me

Cause if you close the door
I'd never have to see the day again
I'd never have to see the day again, once more
I'd never have to see the day again

[Velvet Underground]



eu realmente acho a letra fantástica. e total cinza-chuva.

sábado, 18 de abril de 2009

Heroin


I don't know just where I'm going
But I'm gonna try for the kingdom if I can
'Cause it makes me feel like I'm a man
When I put a spike into my vein
Then I tell you things aren't quite the same
When I'm rushing on my run
And I feel just like Jesus' son
And I guess that I just don't know
And I guess that I just don't know

I have made the big decision
I'm gonna try to nullify my life
'Cause when the blood begins to flow
When it shoots up the dropper's neck
When I'm closing in on death

And you can't help me, not you guy
s
Or all you sweet girls with all your sweet talk
You can all go take a walk
And I guess I just don't know
And I guess that I just don't know

I wish that I was born a thousand years ago
I wish that I'd sailed the darkened
seas
On a great big clipper ship
Going from this land here to that
On a sailor's suit and cap

Away from the big city
Where a man cannot be fr
ee
Of all the evils of this town
And of himself and those around
Oh, and I guess that I just don't know
Oh, and I guess that I just don't know

Heroin, be the death of me
Heroin, it's my wife and it's my life, ha-ha
Because a mainer to my vein
Leads to a center in my head
And then I'm better off than dead

Because when the smack begins to fl
ow
I really don't care anymore
About all the Jim-Jims in this town
And all the politicians making crazy sounds
And everybody putting everybody else down
And all the dead bodies piled up in mounds

'Cause when the smack begins to flow
Then I really don't care anymore

Ah, when that heroin is in my blood
And the blood is in my head

Man thank God that I'm as good as dead
And thank your God that I'm not aware
And thank God that I just don't care
And I guess that I just don't know
Oh, and I guess that I just don't know

[ The Velvet Underground ]


sábado, 21 de fevereiro de 2009

"...mas as letras dele são boas."

"Quando eu fui ferido, vi tudo mudar
Das verdades
que eu sabia
Só sobraram restos que eu não esqueci
Toda aquela paz q
ue eu tinha...

Eu, que tinha tudo, h
oje estou mudo, estou mudado
À meia-noite, à meia luz,
pensando...
Daria tudo por um modo d
e esquecer...

Eu queria tanto e
star no escuro do meu qu
arto
À meia-noite, à meia luz, s
onhando...
Daria tudo por meu mundo
e nada mais...

Não estou bem certo q
ue ainda vou sorrir
Sem um travo de amargura...

Como ser mais livre?
Como ser capaz d
e enxergar um novo dia?

Eu, que tinha tudo, hoje estou mudo, estou mudado
À meia-noite, à meia luz,
pensando...
Daria tudo por um modo d
e esquecer...

Eu queria tanto e
star no escuro do meu quarto
À meia-noite, à meia luz, s
onhando...
Daria tudo por meu mundo
e nada mais..."

_
Guilherme Arantes.


Em homenagem ao outro Guilherme, que também escuta escondido.
Aiai, adoro essa letra...


sábado, 17 de janeiro de 2009

Lain

And you don't seem to understand
A shame you seemed an honest man
And all the fears you hold so dear
Will turn to whisper in your ear
And you know what they say might hurt you
And you know that it means so much
And you don't even feel a thing

I am falling, I am fading
I have lost it all

And you don't seem the lying kind
A shame then I can read your mind
And all the things that I read there
Candle lit smile that we both share
and you know I don't mean to hurt you
But you know that it means so much
And you don't even feel a thing

I am falling, I am fading, I am drowning
Help me to breathe
I am hurting, I have lost it all
I am losing

Help me to breathe

-
por enquanto, foi só o que eu gostei da série praticamente.
mas não é nisso que eu estou pensando agora.
sabe, as coisas são amargas.


terça-feira, 25 de novembro de 2008

Cinza das Horas


E existem horas que não há música que saiba explicar o que se passa. Tipo quando a conversa acaba de repente, com palavras alegres ecoando em extremo vazio. E a sensação de bem estar se esconde atrás daquela expressão que não diz nada, absolutamente nada. A mais vaga lembrança do que é imperfeito provoca o despertar quase que instantaneamente. E coisa vai, coisa vem; algumas mudam, outras desaparecem de vez: quase não há alternativa para uma provável melhora na situação. Por mais que se tente provar o contrário, a felicidade individual prevalece sobre o desejo comum, o desejo de que todos tenham motivo para estampar um sorriso no rosto. O ser humano é egoísta, é egoísta e isso não é errado não: faz parte da sobrevivência. Porque, ainda que sejam grandes as diferenças, somos também animais: tanto ou mais do que os que conhecemos. A diferença, a singela diferença é que eles não pensam ou não sabem disso - e isso é uma convenção determinada pela nossa espécie. E quem quer saber de espécie quando se está no meio da rua, entre várias e várias pessoas que nem se importam?! E a não-importância também não é motivo de nada, não é justificativa para nenhuma culpa que possa haver. E o botão é apertado, e de novo e de novo. Nenhuma música que fale por mim. Preferível ouvir a sirene dos automóveis, entender que existe mais no mundo do que o meu próprio mundo. A própria compreensão tem seu limite: tem horas que, não importa a força da amizade, da profissão, da experiência - saber mais ou menos da vida não vai ajudar, uma vez que são olhos diferentes a encarar o horizonte. E sentir é bom, sentir é essencial. Quase vital e tão fatal. E vão existir dias em que, por melhores que forem as suas ações, você vai chegar em casa, tirar os sapatos e não querer abrir os olhos de novo até que uma nova manhã comece - e ela pode ser a próxima ou a última, acontecer dentro de horas ou dias. E pouco importa se tem cocô embaixo do seu sapato, a lâmpada queimou, o computador não quer funcionar: quando o problema é interno, não há preocupação externa que o faça se voltar para a realidade que acontece ao seu redor. Ou talvez você seja diferente. Eu não tenho certas responsabilidades ainda, não sei falar com a mesma sinceridade de quem já construiu sua vida fora do berço. Só acho engraçado como a minha falha é o acerto de um e o erro desse alguém surge em mim como uma qualidade. E dessas coisas indescritíveis, impalpáveis, infinitas eu não sei falar mais do que isso. Voar parece ser cada vez mais difícil.

Ps: sobre o título, eu não sou fã do Manuel Bandeira.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Wikilennon

"Segundo John Lennon, o nome “Beatles” surgiu após uma visão que teve de um homem misterioso, que dizia para substituir a terceira letra, “e”, por um “a”. Beetles, o nome original, significa “besouros”. Existem boatos sobre essa possível visão. John adorava ler, apreciava Edgar Allan Poe e outros autores da literatura gótica e sabe-se que anos antes, na mesma casa em que os Beatles estavam hospedados na época, segundo uma lenda, viveu um mágico alemão (Dr. Pepper) cujos poderes foram conseguidos através de cultos com Satã. Na visão, o vulto misterioso oferecia sucesso ao cantor, prometendo que voltaria quando John atingisse o auge da felicidade. Apesar do sucesso, John constantemente se mostrava triste ou irritado, melancólico com o futuro que estava por vir. Em 1968, esse anseio pela morte contagiou suas canções.

O símbolo da Apple, gravadora dos Beatles, é uma maçã verde, fruta da tentação e do pecado nas histórias bíblicas. Já no "Álbum Branco" (1968), a música Revolution 9 mostra gritos, sons de guerra, uma trilha sonora horripilante. Ainda em 1968, John se veste de mago para um programa dos Rolling Stones, onde canta “Yer Blues”, música de profundo desespero e morte. Nesta época, John conhece Yoko Ono, em uma exposição de arte. A garota passou grande parte do tempo atrás dele, buscando patrocínio. Ele ainda era casado com Cynthia Powell, com quem teve um filho (Julian Lennon). Após uma viagem da esposa, em que iniciou um romance com Yoko, John se divorciou. Casou com Yoko em 1969, alegando “Do jeito que as coisas vão eles (ele – o vulto) vão me crucificar”. John também ainda disse, em uma entrevista à uma revista, que o único estilo de música verdadeiro era o Blues (onde os artistas contam histórias de encruzilhadas, pacto com o diabo e infelicidades). Para acentuar ainda mais as polêmicas, John afirmou que viu, em 1974, da varanda de sua casa, um OVNI cruzar o céu.

Com Yoko Ono, John deu início à sua carreira solo – quando ainda era integrante dos Beatles. Sem sucesso, ele lançou seu primeiro álbum, Two Virgins, no final de 1968. Fora um álbum experimental, com gravações caseiras, cuja capa causou polêmica: o casal aparecia nu. Se casaram em Gibraltar, em março de 1969, e após uma separação de cerca de um ano, em 1973, onde John se dedicou a outra mulher, , eles tiveram um filho chamado Sean Lennon, em 9 de outubro de 1975.

Em dezembro de 1980, na noite do dia 8, John foi alvo de quatro dos cinco tiros disparados por um calibre 38. Estava na frente do edifício Dakota, em Nova Iorque, em frente ao Central Park, onde morava com Yoko. Seu assassino foi um rapaz que durante o dia havia lhe pedido um autógrafo em um LP Double Fantasy, cujo nome era Mark David Chapman. Era um fã dos Beatles e de John, esquizofrênico, que dizia ter ouvido vozes que o mandavam matar o músico. Foi preso sem resistência, horas após o crime, e condenado a prisão perpétua. Justificou o delito com a afirmação de que metade dele era o Diabo e, a outra metade, Holden Caufield – protagonista do livro que trazia nas mãos, “The Catcher In The Rye” (O Apanhador No Campo De Centeio), de J.D. Salinger."

http://pt.wikipedia.org/wiki/John_Lennon


sei lá. tô sem tempo de escrever e sem inspiração. isso daí eu tinha salvo no pc e não expressa a minha opinião - muito menos uma oposição (vai saber...).



sábado, 27 de setembro de 2008

músicas para ouvir sozinho

(companhia é opcional, é claro)

1. quando tomar chá: my head is my only house unless it rains (everything but the girl)
2. para se balançar: smells like teen spirit (nirvana)
3. para montar coreografias sobre as lajotas da cozinha, comendo algum doce: no milk today (herman's hermit)
4. quando tirar a roupa: mad about you (hooverphonic)

5. para fechar os olhos e esquecer do resto: she's lost control (joy division)
6. quando sentir-se agoniado: everything (lifehouse)
7. ao tomar água fresca (nem gelada nem quente): quase nada (zeca baleiro)
8. e fazer as malas: pretty fly for a white guy (the offspring)
9. em momentos de egocentrismo: the world (nightmare)
10. num dia leve, de primavera: someday we'll know (
new radicals)
11. e pensar no que falar: feedback (nenhum de nós)
12. e refletir profundamente num dia cinza: unforgiven II (metallica)
13. ao voltar pra casa: unwell (matchbox twenty)
14. e cantarolar docemente: a waltz for a night (julie delpy)
15. e repensar sobre aquela faxina nas músicas do pc, enquanto varre o resto de comida do prato: reggae night (jimmy cliff)
16. ao fazer o xixi-pré-balada: cold hard bitch (jet)
17. quando sentir que foi deixado de lado: come pick me up (ryan adams)
18. e fazer performance: beat your heart out (the distillers)
19. para beber algo gelado, no gargalo, rebolando na frente da geladeira: eu não consigo ser alegre o tempo inteiro (wander wildner)
20. e se sentir na praia: já que você não me qu
er mais (seu cuca)
21. e pensar em sexo: one way or another (blondie)

22. e desejar cair na estrada: song 2 (blur)
23. quando se sentir brasileiro: isso é calypso (calypso)
24. e imaginar um filme: superafim (cansei de ser sexy)
25. num dia meigo: quelqu'un m'a dit (carla bruni)
26. e parodiar: saint seya (cavaleiros do zodíaco)
27. e fazer piadas de humor negro: somebody put something in my drink (children of bodom)
28. e lembrar carinhosamente de um amigo: never grow old (the cranberries)
29. no carro, de noite: voyage (desireless)
30. em época de fim de ano, de tarde, antes de ir para alguma festa entediante de família: thank you (dido)


terça-feira, 1 de julho de 2008

O Mesmo Erro

Então enquanto eu me reviro nos lençóis
E, mais uma vez, não consigo dormir
Saio porta fora e subo a rua,
Olho as estrelas sob os meus pés
Relembro coisas certas que eu transformei em erradas
E aqui vou eu

Olá, olá

Não há nenhum lugar onde eu não possa ir
A minha mente está turva mas

Meu coração está pesado, não se nota?
Eu perco a trilha que me perde
Assim aqui vou eu

E então eu mandei alguns homens à luta,
E um deles voltou na calada da noite,
Disse que tinha visto o meu inimigo
Disse que ele se parecia comigo
Então eu me preparei pra me ferir
E aqui vou eu


Não estou pedindo uma segunda chance,
Estou gritando com toda a força da minha voz
Me dê razão, mas não me dê escolha,
Porque eu cometerei o mesmo erro outra vez

E talvez um dia nós nos encontremos
E talvez possamos conversar e não apenas falar
Não acredite nas promessas porque
Não há promessas que eu cumpra,
E minha culpa me inquieta

Assim aqui vou eu

Enquanto me reviro em meus lençóis,
E mais uma vez não consigo dormir,
Ando para fora da porta e subo a rua
Olho as estrelas

Olho as estrelas, caindo
E eu me pergunto, onde é que
Eu errei?

_
Same Mistake, James Blunt.


A música é daquelas calmas que te fazem enjoar de ouvir tanto, mas eu gostei tanto da letra. Exceto pelo que se entende no contexto - do lado amorzinho - eu me identifiquei e tals. Ok, eu adoro músicas dramáticas. Enfim. Cara, não fui exatamente mal nas provas do concurso. Quer dizer, eu tenho um cérebro. Se pá voltarei a ter fotos novamente. Tenho que responder um scrap do Gui e seguir baixando músicas. Depois organizo minha lista "Filmes/Seriados/Animes/Etc. que eu tenho que ver" (sugestões aceitas). Aliás, eu aceito qualquer coisa. Livros também. Um dia eu ainda sigo essas listas. Ah, acordei tão meiga hoje. E eu estou na fase de auto-avaliação, onde eu fico pentelhando conhecidos por análises, então é o período certo para me jogarem tomates (a princípio estou mansinha). Tá, eu tô meio besta, então estou escrevendo essas coisas. Contando os dias para estreiar o esmalte preto (y). Kisses.

Eu gosto da temática amorzinho, por influências de filmes e diálogos imaginários e eu não gosto do que algumas coisas aparentam ser. Nem de idosos em filas... enfim.

sábado, 31 de maio de 2008

Tallulah.

As mãos do pianista não descansaram sobre seus joelhos nenhum instante, embora não fossem muitos os que dançavam as lindas músicas. Belas mulheres, esculpidas por vestidos majestosos, rodeadas de imponentes homens cujos trajes traziam insígnias reluzentes. A noite de lua cheia fora esquecida dentro do castelo, onde o burburinho das senhoras e as risadas dos homens mais velhos ecoava por todos os cômodos.

Da Sala de Armas saiu um homem apressado, ajeitando os cabelos longos para dentro do pedaço de fita. Pela expressão, notava-se seu atraso para a cerimônia. Desceu as escadas aos pulos, diminuindo o passo nos últimos degraus. Procurava ansioso uma dama por quem se encantara há muito, desde que os dois eram crianças. Tinham sido afastados quando a família dela resolveu ocupar novas terras, fruto de alguma herança misteriosa.

Breve silêncio - o pianista foi descansar, se servir do que sobrara do banquete. Era um jovem viúvo, capaz de receber um ou outro olhar devasso das moças mais atrevidas, que nunca realmente conheceram o significado de honra. Passou por uma mesa coberta de cálices vazios, onde um casal meio embriagado trocava palavras no ouvido um do outro. Reconheceu outra jovem a sua frente, cujo vestido não era claro nem brilhante como o das demais.

- Não te vi dançar.

Ela sorriu graciosa, fechando os olhos ternamente antes de voltar à posição inicial - os braços cruzados e o rosto sério. Devia ser a única que realmente respeitava o trabalho do músico, colocando-o em um nível de importância acima de qualquer outro ofício - apesar de gozar da riqueza, não sentia necessidade e nem via razão no luxo. Passava a maior parte do dia montada em um cavalo, ao contrário das damas que desde cedo se concentravam em bordar seus enxovais.

Os trajes em cor diferente fizeram um terceiro homem ser notado na porta principal, que dava acesso aos jardins. Não era da Família Real, mas todos que moravam na região o conheciam como um nobre viajante, hóspede de um importante amigo do rei. Não estava disposto a perder o grande baile, mas tinha um motivo diferente para isso: o prazer de beber e comer à vontade, com boa música e donzelas à disposição lhe parecia ínfimo.

Tocou o chão com rapidez - os olhos fixos na jovem que tanto procurara, na tentativa de não perdê-la de vista (nunca mais). Atravessou o salão, desviou de candelabros e empregados, se desvencilhou de crianças e cadeiras que obstruíam seu caminho. Sorriu afoito, lhe faltava o ar - a idéia de ter tão perto novamente sua preciosa menina, a única que um dia arrancara dele uma promessa.

Os dedos pálidos voltaram a tocar as teclas esmaltadas, produzindo uma melodia doce e convidativa. O salão, visto do alto, parecia recheado de babados coloridos, que rodopiavam alegremente de um lado para o outro. Parecia preencher todos os espaços, mas o pianista sabia que o vazio sob o grande lustre de cristais só era digno de uma das mulheres presentes.

Para Tallulah, o viajante era um desconhecido qualquer. Para ele, ela poderia ser apenas uma aventura - e que desperdício, pensariam os observadores. Mas quis o destino manter os dois separados, infelizmente, mas enlaçados por semelhanças ainda não descobertas. De um homem curvado diante da linda dama surgiu um convite inesperado. Não foi recusado, nem aceito com louvor. Ela não queria dançar, não aquela música. Além disso, ainda que não fosse sua intenção mencionar, estava claro que ela esperava ter a companhia de outra pessoa.

Ele se mostrou desapontado e ofendido, lamentando que ela estivesse prometida a outro homem. Não estou, ela respondeu, analisando-o com atenção. Sua fisionomia não lhe era desconhecida, mas fugia-lhe da memória a identidade de seu galante admirador. Perguntou seu nome, mas a resposta foi negada. Arriscou palpites, mas nenhum com muito sucesso. Ouviu, então, uma longa e dramática história, sobre percorrer campos durante dias e noites sem fim e enfrentar uma série de infortúnios - tudo para vê-la mais uma vez, tocar sua pele e ter a certeza de que a mulher dos seus sonhos era real e tinha aroma tão bom quanto o da lembrança.

Se amaram no passado, mas o tempo lavou qualquer resquício de paixão que impedisse Tallulah de lutar por sua liberdade - não gostava de se ver presa às coisas, resistia às inevitáveis e constantes ofertas de casamentos, cada um com um plano de futuro promissor mais pomposo que o outro. Só não era considerada a vergonha da família por ser realmente a mulher mais bonita do reino, o que conferia uma série extra de adjetivos. Ela não só se espantara com a confissão em que se transformaram suas brincadeiras inocentes de infância, como deixara isso transparecer em seus gestos enquanto se explicava, um tanto impaciente.

O homem das vestes azuis interrompeu a conversa, silenciando os dois - os olhos do outro faiscando. Tomou o braço de Tallulah gentilmente, esboçando um sorriso. Não fora tímido ao fazer um sinal para o pianista que, consentindo, alternou a escala de notas musicais, dando início a uma nova sonata... diferente e um tanto especial, que nunca fora apreciada antes. Todos os penteados não faziam sentido, nem rendas, nem jóias: quem tivesse a delicadeza de apreciar as feições do casal que se encaixava na coreografia entenderia que nem tempo nem distância seria capaz de separar os dois desconhecidos - amantes em silêncio.

"Tallulah, it's easier to live alone than fear the time is over..."
Sonata Arctica




terça-feira, 13 de maio de 2008

Tópico dos Tópicos

Olá.

Eu estou estudando. Estudando, estudando, estudando. Não, não é tanto quanto parece: eu também durmo, como, tomo banho, tenho tarefas domésticas, tenho que me locomover até o cursinho para assistir aulas (eu sei que é óbvio, mas eu queria acrescentar coisas), até o estúdio de dança do ventre (onde, bem... eu danço - háá, te peguei nessa, ein!), até o curso de inglês, até algum lugar mais que eu resolva ir fazer alguma coisa. Sim, eu tenho orkut e flog, eu vejo pessoas, eu converso com elas, eu me preocupo igualmente.

Eu falo isso porque, para alguns, parece que eu sumi do mapa, fugi pro Afeganistão, sei lá. É da minha natureza ficar quieta, esquecer de levantar a bandeira branca, essas coisas... quer dizer, o tempo passa e, aparentemente, eu sigo na minha inércia. Eu realmente não devo parecer interessante (momento 'me elogiem por favor', sabe?), mas acontece que não existe muita magia em fazer as coisas nesse ritmo rápido que a maioria adora. Não, eu ainda não me transformei num Garfield, apenas acredito que eu deva me portar como me sinto bem.

Eu vou repetir uma série de coisas que, deve ser chato, eu já disse umas quantas vezes - se não foi por aqui, foi ao vivo: desde a história do não procurar pessoas até, quem sabe, aquele papinho (gírias de tiozinho) sobre relacionamentos. Começando pelo tópico do telefone...


* Tópico do Telefone:
Eu gosto de ter o número do celular das pessoas para ligar para elas, sabendo que quem vai atender vai ser uma voz felizmente reconhecível e não um estranho com uma voz bizarra que, com certeza, pensa o mesmo de mim. Raramente ligo para a casa das pessoas, ou melhor: eu raramente ligo. Não que eu não goste de longas conversas do outro lado da linha, mas eu perdi o hábito e já não sei mais conversar assim como antes. Quer dizer, existe um pouco de apreensão também, porque eu nunca sei quando o outro vai ter que desligar. A conta do telefone agradece.

* Tópico do "Eu te amo":
Não, eu não sou efusiva. E existe aquilo de - comunidade do orkut - "não mostrar não é sinônimo de não sentir", não com essas palavras. (Pausa para o 'Tópico do Sinônimo')

* Tópico do Sinônimo:
Eu adoro dizer sinônimo, desde que eu aprendi o que isso significava. Provavelmente, 88% (oitooo!!!) dos meus textos contêm essa ilustre palavra. Eu não vou abrir um outro tópico para dizer que eu adoro inventar estatísticas e não fiz nenhuma faculdade para isso, o que não quer dizer que eu esteja errada...

* Tópico do "Eu te amo" (2):
Eu sou toda dramática e essas coisas, amigos próximos convivem bem com isso (não que os demais não convivam bem - eles simplesmente não convivem, hãhã). Para mim é realmente diferente o significado de vocábulos como 'amar' e 'gostar' (momento brega), então não confunda o que eu digo e não teremos problemas (eu adoro esse tipo de coisa que a gente fala e se sente um xerife de filme). Não é um hábito elogiar pessoas ou querer o bem delas, nem novidade nenhuma que eu prefiro esse tipo de declaração ao vivo e a cores - ou num pedaço de papel, não necessariamente expresso em letras. Tá, eu tentei expressar que imagens podem valer mais ou tanto quanto palavras, mas não fui muito feliz e, de repente, ficou meio 'materialista' - o que não é a intenção.

* Tópico do Outono:
De repente, é minha estação favorita. Fica frio, existem folhas lindas no chão e, enfim, eu acho realmente poético. (Primavera me irrita, Verão nem se fala...) Eu gosto de dias em cinza e sépia. E cachecóis.

* Tópico das Discussões Musicais:
Me deixe constrangida falando de artistas que eu não conheço e são sucessos mundiais. Eu só não sei falar muito sobre - porque eu escuto coisas aleatórias, não tenho nem idéia de quem são ou foram os cantores, tenho poucos álbuns completos e, por sinal, não sei muitas letras decoradas. Cifras então... Mas eu aceito alegremente sugestões e me arrisco a sugerir também.

* Tópico da Confiança:
Hahaha. Eu confio em quem eu acredito que confia em mim e me respeita. Acredito que todos têm uma pirâmide e comigo não é diferente. Sou uma pessoa de poucos e bons, como todo mundo acredita ser...

* Tópico da Impaciência:
Gente polar demais me irrita, gente neutra exageradamente também. Mas nada como um "já acordo sorrindo, vida loka e fé em deus" para acabar com meu bom-humor.

* Tópico da Independência:
Eu sei que eu dependo dos meus pais e essa coisa toda. Até por isso prefiro me comportar como a filha mais certinha ou algo que o valha, não me acho no direito de agir como uma inconseqüente enquanto não sou capaz de responder (sozinha) por isso.

* Tópico da Distância:
Adoro. Acho extremamente necessária para acalmar o enjôo entre as pessoas, preservar a nobre saudade (que revela quem é importante ou não), deixar o indivíduo respirar, pensar, viver do jeito que é, sozinho.

* Tópico do "Não procuro ninguém":
Eu estou há mil anos planejando falar com pessoas que há tempos não vejo. Posso estar numa posição confortável esperando um alô delas ao invés de tentar ao menos fazer um sinal com fumaça, sei lá. Mas eu compreendo o porquê de eu ser assim e não acho que eu saiba explicar de uma maneira que quem lê entenda (é claro que eu estou tentando mostrar um lado positivo de mim ao dizer essas coisas todas, não imagine que eu estou muito feliz aqui digitando sobre o que consideram meus defeitos). Já tentei ser mais acessível, dar um oi mesmo não estando muito inspirada, mas eu odeio esse tipo de coisa. Ou as coisas são espontâneas ou não são: eu não saio do meu conforto para viver mentiras, francamente.

* Tópico da Pressão/Cobrança:
Eu me orgulho muito - mas muito - de não ter pressionado ninguém (se aparecerem respostas contrárias a isso, peço o exame de DNA - ?). Eu detesto que me cobrem alguma coisa, detesto. Qualquer coisa feita por obrigação sai mal feita, porque a pessoa não está nem um pouco afim de fazer e acaba pouco se importando com o resultado final. Não tenho intenção de dar nenhuma indireta com esse texto (vou repetir isso no final, para reforçar). Acho o cúmulo exigir atenção e essas coisas, sejam elas carinho (?) ou demonstrações de afeto ou consideração de qualquer espécie. Até por isso tenho minhas dúvidas quanto a existência da verdadeira generosidade (você sempre espera algo em troca)...

* Tópico das Caveiras da Short Fuse:
Não, eu não aprecio Dark Cute Style: ou tu é tr00 ou tu é bixa, mas caveiras com lacinhos rosas e afins não me agradam. E manda a Hello Kitty pro céu, não pro inferno ganhar chifrinhos - como em camisetas. (Han han)

* Tópico de "Os homens são todos iguais":
Eu estou longe de ser feminista, longe também desse padrão de pensamento de garotas em bando. Ok, eu desenvolvo um assunto sobre isso outra hora... só quis dizer que estou longe de analisar todos genericamente.

* Tópico das Traições:
Eu sigo acreditando que trair em pensamento é pior do que o ato físico, que todos são movidos por razões - ainda que isso pareça desproporcional, que cada caso é um caso e que as merdas entre duas pessoas são resultantes da interação delas e seus problemas (ou seja, se são duas cabeças pensantes a culpa não é de uma só, se é que existe culpa).

* Tópico das Camisinhas:
Providenciarei um abaixo-assinado ao governo do estado implorando para que as camisinhas encontradas na Redenção sejam revertidas em fundos para alguma coisa produtiva - aquilo lá tá um nojo.

* Tópico do Miguxês:
Eu falo português e espero reciprocidade.

* Tópico do Moletom:
As pessoas ficam tão bonitas e gordinhas e quentinhas com eles, que são tão confortáveis. Aiai, adoro!

* Tópico da Sinceridade:
Quando me perguntam uma coisa ou, enfim, eu falo, eu sou sincera - fazer o contrário seria, inclusive, perda de tempo. Então eu não gosto que insistam em se aprofundar nisso numa tentativa de colher provas contra mim, seja lá o que isso quer dizer. Eu já falei algo a respeito, talvez contraditório, sobre esconder certas coisas que eu sei que não serão compreendidas.

* Tópico das "Indiretas":
Eu estou muito satisfeita, não estou trovando ninguém - até porque eu não costumo fazer isso. Portanto, não quero ter que usar a velha frase banana "sou legal, não estou te dando mole". Se eu falo demais ou faço parecer alguma coisa é um ponto de vista, que por sinal eu não compartilho. E eu não acredito num relacionamento a três (ou mais) quando o afeto só acontece entre dois. Sim, eu resolvi escrever e me irritei na metade do caminho, então estou me comunicando de forma grosseira.

Enfim. Depois eu posto algo decente, tenho que estudar. Isso não foi uma indireta para ninguém (falar isso já é uma contradição, mas tudo bem...). Eu apaguei o que estava escrevendo antes, talvez seguisse pela linha cômica e não me deixasse de mau-humor. Mas a culpa é minha e do carro de amaciante que tá dando voltas na quadra há umas vinte horas.




terça-feira, 6 de maio de 2008

A História de Anna.

Anna!
Anna!
Anna!
Anna...
Sentou sorridente no assento de madeira pintada, embalada pelas mãos que lentamente impulsionavam as correntes. As mechas do cabelo loiro encaracolado pareciam fugir do seu rosto, enroladas em fitas delicadas. As pernas seguiam em sentido contrário, desejando ir de encontro ao céu azul.
O campo era nada mais do que a extremidade de um penhasco, desses cuja distância até o chão parece infinita. A árvore secular, o balanço antigo, o frio amargo. Aquele vai-e-vem parecia digno de outro mundo: nada se escutava, senão o ruído dos galhos e do desgaste do ferro. Sem pássaros para gorjear, sem borboletas para roubar o olhar da menina.
O vento úmido afastava todo e qualquer pensamento, todo e qualquer problema, toda e qualquer emoção.
À altura daquele pedaço de terra, um campo amarelado, à metros dali. Não tinha muitos atrativos, senão o mistério sobre o que era capaz de esconder. O silêncio é inimigo do tempo: quem tarda a responder, justifica mentindo. Pensar demais é sinônimo de se enganar.

Anna apertou as mãos magras com força, deixando o resto do corpo relaxar. Estava dormindo acordada, maravilhada com a possibilidade de voar. Seria, enfim, livre. Livre de sua condição de criança - cuja voz é calada sem piedade pelos mais velhos, livre da opressão, livre das barreiras que a separaram dos seus desejos. Livre, por fim, do medo.

Fechou os olhos e sentiu o ar invadir sua boca, passando pelos dentes e fazendo cócegas na língua. Uma canção se iniciou, projetada pela voz fina, feminina, infantil. As pontas do cachecol dançando no ar.
De repente, não mais que de repente, o balanço começou a perder a velocidade: as mãos que o embalavam agora estavam afastadas. O vulto escuro descia por uma pequena estrada de lama que se fez na grama, sorrateiro, sem cerimônia.
Anna, enfurecida, moveu os pés para frente, viajando em suas lembranças mais platônicas. Estava tão mais perto das vozes que um dia ouvira e pareciam não ter dono, estava tão mais acima de qualquer expectativa, tão próxima de qualquer amigo irreal. Gostava de falar com objetos, era fato, mas não compreendia porque isso era tão errado para os outros.
Anna!
Abriu os olhos num susto.
Anna!
Sentiu a saia do vestido tomar a forma de um balão.
Anna!
Abriu os braços o máximo que pôde e, indecisa quanto ao que esperava, mostrou os dentes num largo sorriso: lá estava ela, mais alto do que qualquer um já estivera, vendo toda a beleza dos campos coloridos se misturarem num só. E mais, muito mais: o campo amarelo - ela agora sabia o que ele tanto preservava...
Anna...
Os gritos de sua mãe não foram o suficiente para salvar sua vida.
Não houve vulto, não houve emoção, não houve razão naquele pulo desesperado, pensou a mulher.
Mal sabia ela que aqueles minutos de silêncio foram o bastante para que sua filha encontrasse o que uma vida inteira no mundo dos homens não lhe proporcionaria.



quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Hall of Mirrors


(The Distillers)

I come down like
A hurricane sucked up inside
I spit out the suffer

You say you want
A revelation,
Revel in this my lover

You're free at liberty
Is this what you want?
Sometimes i wonder

There's a highway to
To the edge
Once a night you will
Drive yourself there
At the end of the road you will
Find the answer
At the end of the road you will
Drink the fear

I come down
Like a bloody rain cuts
Up flesh sky, pulse beating under

Meat petals bloom
In a bone garden
Ain't no god, no ghost gonna save you now

I sell souls
At the side of the road
Would you like to take a number?

There's a highway to
To the edge
Once a night you will
Drive yourself there
At the end of the road you will
Find the answer
At the end of the road you will
Drink the fear


Take your time come on get
What you come for done
Waste my time come get what you come for done
Waste my time come get what you come for done
Waste my time come get what you come for...

There's a highway to
To the edge
Once a night you will
Drive yourself there
At the end of the road you will
Find the answer
At the end of the road you will
Drink the fear

I watched you burn
In the eye of my sun
In the eye of my sun yeah yeah

I fucked you in
In the eye of my sun
In the eye of my sun yeah yeah

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Gravando!

Sexed Up (Sexualmente envolvidos) - Robbie Williams

Loose lips sunk ships
Falar bobagem só piora as coisas
I'm getting to grips with what you said
Estou me acostumando com o que você disse
No, it's not in my head
Não, isto não é imaginação minha
I can't awaken the dead day after day
Eu não posso fazer milagres o tempo todo

Why don't we talk about it?
Por que não conversamos sobre isso?
Why do you always doubt that there can be a better way?
Por que você sempre duvida de que possa existir uma saída melhor?
It doesn't make me wanna stay
Isto não me faz querer ficar

Why don't we break up?
Por que a gente não termina de uma vez?
There's nothing left to say
Não há mais nada pra dizer
I've got my eyes shut
Estou de olhos fechados
Praying they won't stray
Rezando pra que eles não espiem
And we're not sexed up
Nós não sentimos mais atração pelo outro
That's what makes the difference today
E hoje em dia é isso que importa
I hope you blow away
Eu quero que você desapareça

You say we're fatally flawed
Você diz que estamos destinados a falhar
Well, I'm easily bored
Bem, eu fico entediado facilmente
Is that ok?
Tudo bem?
Write me off your list
Risque meu nome do seu caderninho
Make this the last kiss
Faça deste o nosso último beijo
I'll walk away
Eu vou embora

Why don't we talk about it?
Por que não conversamos sobre isso?
I'm only here, don't shout it
Eu estou bem aqui, não precisa gritar
Given time we'll forget
Com o tempo a gente esquece
Let's pretend we never met
Vamos fingir que nunca nos conhecemos

Why don't we break up?
Por que a gente não termina de uma vez?
There's nothing left to say
Não há mais nada a ser dito
I've got my eyes shut
Estou de olhos fechados
Praying they won't stray
Rezando pra que eles não espiem
And we're not sexed up
Nós não sentimos mais atração pelo outro
That's what makes the difference today
E hoje em dia é isso que importa
I hope you blow away
Eu quero que você desapareça

Screw you
Vá se catar
I didn't like your taste
Eu não gostava do seu gosto mesmo
Anyway, I chose you
De qualquer maneira, eu havia escolhido você
And that's all gone to waste
E agora tudo se foi
It's Saturday:
Hoje é sábado:
I'll go out
Eu vou sair
And find
E encontrar
Another you
outra como você

Why don't we?
Por que não terminar?
Why don't we break up?
Por que a gente não termina de uma vez?
There's nothing left to say
Não há mais nada pra dizer
I've got my eyes shut
Estou de olhos fechados
Praying they won't stray
Rezando pra que eles não espiem
And we're not sexed up
Nós não sentimos mais atração pelo outro
That's what makes the difference today
E hoje em dia é isso que importa

I hope you blow away
Eu quero que você desapareça
I hope you blow away
Eu quero que você desapareça
I hope you blow away
Eu quero que você desapareça
I hope you blow away
Eu quero que você desapareça


Blow away
Desapareça
Away
Pra bem longe

_
Eu sempre confundo o cara que canta essa música - que, por sinal, eu realmente adoro e me faz pensar coisas - com o ator, que tem o nome parecido (Robin), e confundo o cantor com um ator lá, que faz propagandas de perfume e protagoniza "The Tudors" (que é tri legal e eu perdi os dois últimos episódios). Enfim. Essa música é de alguma novela e eu nunca entendia o que o cara falava, porque eu estou acostumada com músicas meigas, não um tio dizendo que perdeu o tesão. Mas, ok, isso acontece. Daí colei essa tradução do Vagalume.
Sabe, hoje na Casa de Cultura, mais precisamente no elevador, aconteceu algo engraçado. É que houve uma inversão da minoria, só naquele instante, e isso foi algo bom para se pensar. Ok, filosofia de boteco à moda Ivy. E, olha, o psiquiatra do Big Brother é gay. Ando ouvindo tanto sobre a ligação de psic-profissões com coisas assim... do tipo manifestações de diferenças. A minha psicóloga fala um monte nisso de que muita gente busca a auto-análise cursando psicologia, que tem uns surtos no caminho, enfim, que busca nesse meio uma solução para seus problemas ou desencontros individuais.
Ah, eu fiquei pensando em tantas coisas por esses dias. Vontade de falar com gente que não vejo há muito tempo. Eu não gosto de quando as coisas ficam forçadas, principalmente porque existe algo pendente. E é difícil ser natural depois de uma situação extrema ou complicada, sei lá. Talvez eu não tenha o tato que eu desejo ter. Já me disseram isso, como também já ouvi o contrário. No fundo, é realmente delicado mesmo lidar com os outros. Todo mundo é tão infinitamente estranho - não no sentido de 'esquisito', mas de 'diferente'.
Eu não sei a hora de me preocupar. Porque às vezes eu olho e é tarde demais. Ou, quando é cedo, a cena vira um dramalhão. Não gosto de sentir a água passar por entre meus dedos sem que eu consiga ter noção na hora do que aquilo significa. Também não estou exatamente me arrependendo de algumas coisas. É só que cada um sente diferente. Sente os efeitos e sente as ações que deve fazer. Eu acho incomum eu não me explicar. Talvez eu goste de (tentar) parecer uma pessoa estável, pelo menos em relação a mim. É, não acho que eu consiga.
Eu adoro ouvir música e lavar louça. Nossa, adoro mesmo. Eu peguei chuva por uns poucos minutos, caminhando da rua da Anita até aqui, e foi tão legal. Lembrei de um post que eu li outro dia. Sabe, banho de chuva é realmente bom naquele dia em que você está pensativo e feliz, ou não necessariamente alegre, mas sei lá. Eu adoro dias cinzas. Eu gosto de pensar que existe sempre uma câmera por trás das coisas, que certas cenas poderiam ser editadas e ir para os filmes. De novo a frase "Ivy, Ivy, a vida não é um filme de duas horas"... mas, sabe, podia ser um desses filmes gigantes e legais. Ok, deleto a hipótese. A moral não é viver de forma cínica ou dramatizando tudo, mas eu gosto desses pequenos momentos que me fazem pensar nessa coisa da câmera. Também não é válida a idéia de ser algo exposto. É um filme com capa monótona, desses que tu não espera ver na tevê e que, talvez, encontre em VHS nessas locadoras mais velhas.
Eu acho muito engraçado me ver chorando. Muito mesmo. Aquilo de ir pro banheiro e pensar "puta merda, olha essa cara vermelha. Como tu tá torta, guria, olha teu olho. Fica um maior que o outro e o teu nariz fica fungando..." (ok, foi constrangedor expor minha meia dúzia de pensamentos). Eu não sei o que eu queria falar. Eu estou com uma sensação tão ... desde o início do post. Ainda não consegui dizer o que eu pretendia. Talvez se as pessoas não comprassem tanto a idéia geral as coisas fossem realmente melhores. Se eu fosse uma dessas adultas de novela, engoliria essas palavras e ia comprar sapatos no shopping. Odeio sandálias em mim.