Mostrando postagens com marcador livro. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador livro. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Língua solta

Cara, hoje eu comprei um livro que deve ser muito bom. Alguns prestigiadores do "Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças" falaram do filme [do livro], que por sinal eu queria ver antes de descobrir que existia um livro. Enfim, entre as minhas aventuras de ônibus pela cidade, do tipo ir e voltar do Campus do Vale, eis que eu vi o livro sorrindo pra mim, numa dessas barraquinhas que os tios montam na calçada. "A insustentável leveza do ser". Mais um título que eu vou ler nas férias e me deixar muito chata. Quer dizer, quem estava próximo de mim quando eu li o Apanhador realmente sofreu. Dessa vez eu tenho muitas coisas para ler, que eu estou acumulando há séculos, mas que enfim, dessas férias não passa! Tenho que terminar o da filosofia da Matrix e mais uns trocentos, porque eu sou cheia desses tiques de não finalizar as coisas (oh, arianos... ok, parei de birra com os signos: ano novo, voltamos ao zero, né?!). Complexo de Portnoy, Linguagem Corporal, blablablá... Ok, eu preciso falar de vestibular, porque isso tá me coçando! (?) Na verdade, eu ia só falar que o pré-prova de hoje foi muito, sei lá, profecia, porque teve a ver com 1001 noites e dança do ventre... ok, é um sinal, eu vou passar! Ah tri. Essa foi a última vez que eu disse algo do gênero aqui, porque eu não gosto desse excesso de confiança. Eu fico meio apavorada com tudo e esperando o resultado da UFCSPA, daí não funciono muito bem. Eu achei o Campus do Vale tão simpático nesses dias, mesmo alagado e cheio de gente burra. Pronto, falei. Não falo nem de gente que erra a última questão da prova de física (tá, é que essa eu realmente fiquei muito feliz quando eu vi na prova), mas de pessoas que não sabem identificar seu número na carteira de identidade e coisas assim... Mas sempre tem uns perdidos. Como eu ia dizer, eu fico meio de cara que eu sempre me ferro na redação. Digo não que eu tenha ido mal, mas quando eu não presto vestibular os temas são idiotas, tipo falar sobre talento, e quando é o contrário eles pedem essas coisas que me deixam com sono, tipo "leia esses dados do IBGE e relacione com a situação da qualidade de vida da população sul-riograndense". Sério, que perseguição... sahuiashusi. Se tem uma coisa que eu detesto falar é 'saneamento básico', e hoje eu tive que escrevê-la umas três vezes (contando com agora). Os meus fiscais são bonzinhos. Eu geralmente tenho sorte com eles. Tem uma gordinha que, enfim, eu não sei realmente nada dela. E ela sorri pra ti numa hora e depois quase te arranca o ombro no corredor. Mas ela é adorável. O cara é um cabeludo que parece que tem uns quinze ou dezesseis anos e é bem simpático. Na verdade as garotinhas de plantão, inclusive aquelas loirinhas com cara de Odontologia, ficam puxando uns assuntos forçados e ele não é mal-educado, o que é um tanto admirável - tá, é que eu tenho uma antipatia absurda por loirinhas com cara de Odonto que resolvem tentar para Psicologia. Sei lá, ele tem um All-Star verde, é vegan e faz Geologia. No mínimo muito bizarro. E verde demais para qualquer cabeça. Eu descobri, pela manhã, que tenho um vizinho fiscal, que faz Engenharia Cartográfica: hoje foi dia de descobrir estudantes de cursos psicodélicos. Enfim, peguei um ônibus super gostoso no caminho. Sem dúvidas, foi o mais cheio da minha vida. Não sai da porta desde que eu entrei. A minha mochila ficou atrás do banco do motorista, junto com outra, e eu ficava buscando a luz como indício de ar. Eu tô falando sério, eu fiquei num buraco e tinha uma mochila em cima da minha cabeça, então eu tinha uma fresta para respirar. Foi legal até e bem engraçado, na verdade. Eu fiquei conversando com um cara e sorte a minha que ele era sei lá 'normal' também, porque logo de início eu falei coisas aleatórias do tipo "você vai ser estuprado" e não pegou muito mal. Tinha um pau amarelo atrás dele. À minha direita, tinha um cara aparentemente não-velho, que estava no celular com a filha dele. Os dois iam fazer vestibular. Achei engraçado, tipo me imaginei estudando com meus pais. ahuahui Falando em pais, eu acho um absurdo aquele monte de mães no campus. Sério, deixem os filhos crescerem! Que merda. Hoje eu me meti lá na frente, porque eu não ia ficar atrás de um bolo de gente de novo porque todas as mães resolveram levar seus babys até a sala. Até a sala! Já não basta entrar no campus, ocupar todo o espaço disponível, elas querem interromper o fluxo nos microcorredores e ficar meia hora abraçando os filhos na porta! Eu sou meio grosseira às vezes. Quer dizer, é diferente ser antipática e ser grosseira. Na verdade eu adoro fazer carão antes da prova. Tipo que tu tá comendo uma banana (ok, isso é banana de se fazer) e faz aquela cara de lutador de boxe mordendo a orelha do adversário, e se joga na cadeira enquanto as pessoas roem unhas e fazem aquela cara de bunda olhando pro relógio, esperando o sofrimento. Eu fico pensando nessas pessoas que deixam o celular tocar no meio da prova, sabe... isso a mãe delas não fala pra elas, isso de que uma vez na vida as coisas tem que ser levadas à sério. O dia que eu for fiscal eu vou ser muito filha da puta. Deve ser por isso que eu não sou presidente. Haha. Hoje, um professor de física cantou Scorpions e U2, e um outro cantou Raul e foi tão legal. Tipo me lembrei do show do Evanescence (ok) que eu fui e fiquei realmente feliz, sabe, gritando coisas aleatórias que ninguém escuta e é muito bom. Por sinal tinha um cara lá enlouquecido que mora por aqui também e daí a gente sempre se cruza na rua e fica uma coisa "eu sei o que você fez ano passado". Sério, como tem gente morando aqui, né?! Ah tri. Nossa, os vestibulandos de Psicologia são os mais aleatórios possíveis. Ok, isso não é novidade. Mas ano passado foi uma chuva de emos e pessoas com cara estranha, e só. Esse ano, tem umas cinco pessoas que estão na minha sala e também estavam na minha sala no vestibular da UFCSPA, sendo que uma delas é um protótipo de João Gordo, sabe. Tem um loirinho quase albino, um magrão que usa bermudas de criança de oito anos e mais uns que eu não lembro agora. Dos outros, tem uma guria muito camioneira, que usa cueca e tudo. Tem uns cabeludos perdidos, sendo que um deles lembra uma mulher... Sei lá o que mais, tem uns nerds, umas loirinhas com cara de Odonto e uma guria muito tapada (que não sabia do número da identidade e tal), que por sinal acho que é a mesma que tentava ohar pro lado durante a prova e os fiscais chamaram a atenção. Daí tem um ou dois caras que se acham gostosões, umas drogadinhas e o resto é aquele tipo de guria com cara de nada, sabe, que usa rosa, mas não é bonita. Enfim. Eu li umas três páginas do livro, mas ainda estou sob o efeito do vestibular.

Odiei esse título.

terça-feira, 1 de julho de 2008

O Mesmo Erro

Então enquanto eu me reviro nos lençóis
E, mais uma vez, não consigo dormir
Saio porta fora e subo a rua,
Olho as estrelas sob os meus pés
Relembro coisas certas que eu transformei em erradas
E aqui vou eu

Olá, olá

Não há nenhum lugar onde eu não possa ir
A minha mente está turva mas

Meu coração está pesado, não se nota?
Eu perco a trilha que me perde
Assim aqui vou eu

E então eu mandei alguns homens à luta,
E um deles voltou na calada da noite,
Disse que tinha visto o meu inimigo
Disse que ele se parecia comigo
Então eu me preparei pra me ferir
E aqui vou eu


Não estou pedindo uma segunda chance,
Estou gritando com toda a força da minha voz
Me dê razão, mas não me dê escolha,
Porque eu cometerei o mesmo erro outra vez

E talvez um dia nós nos encontremos
E talvez possamos conversar e não apenas falar
Não acredite nas promessas porque
Não há promessas que eu cumpra,
E minha culpa me inquieta

Assim aqui vou eu

Enquanto me reviro em meus lençóis,
E mais uma vez não consigo dormir,
Ando para fora da porta e subo a rua
Olho as estrelas

Olho as estrelas, caindo
E eu me pergunto, onde é que
Eu errei?

_
Same Mistake, James Blunt.


A música é daquelas calmas que te fazem enjoar de ouvir tanto, mas eu gostei tanto da letra. Exceto pelo que se entende no contexto - do lado amorzinho - eu me identifiquei e tals. Ok, eu adoro músicas dramáticas. Enfim. Cara, não fui exatamente mal nas provas do concurso. Quer dizer, eu tenho um cérebro. Se pá voltarei a ter fotos novamente. Tenho que responder um scrap do Gui e seguir baixando músicas. Depois organizo minha lista "Filmes/Seriados/Animes/Etc. que eu tenho que ver" (sugestões aceitas). Aliás, eu aceito qualquer coisa. Livros também. Um dia eu ainda sigo essas listas. Ah, acordei tão meiga hoje. E eu estou na fase de auto-avaliação, onde eu fico pentelhando conhecidos por análises, então é o período certo para me jogarem tomates (a princípio estou mansinha). Tá, eu tô meio besta, então estou escrevendo essas coisas. Contando os dias para estreiar o esmalte preto (y). Kisses.

Eu gosto da temática amorzinho, por influências de filmes e diálogos imaginários e eu não gosto do que algumas coisas aparentam ser. Nem de idosos em filas... enfim.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

eighteen

Estou sem saco para montar textos "legais". Legal, tenho dois dias para cometer um crime. Eu vou fazer dezoitão na sexta e isso não vai mudar em nada a minha vida. Só se eu quiser muito fazer algo ilegal ou pedirem minha carteira de identidade em algum lugar, para informar o que minha cara de criança não diz. Quer dizer, eu continuo a mesmo garota né. Acordei meio em cima da hora, comi duas bananas e desci para o meu destino bonito de ônibus lotado, pernadinha e cursinho. Eu fiquei irritada porque arranharam (pela vigésima vez) o carro da minha mãe, sendo que ele voltou sábado para casa, novinho em folha. Eu realmente odeio pessoas que fazem isso e 99% dos moradores do meu condomínio. Não vou prolongar isso. Vou dedicar um post para comentar os problemas a serem enfrentados num único ônibus (mochilas, má vontade, crianças, novatos, enfim). No fundo, vou ser sempre extremista com as pessoas. Elas merecem isso. Quer dizer, metade das pessoas só finge ser alguma coisa. E, quem é realmente algo, escolhe ser algo totalmente desprezível. Sim, se quiser me inclua nelas. Fora do assunto, mas eu realmente tenho preconceito com o curso de Biblioteconomia e meninas muito feias. Fiquei falando disso hoje. Sério, mulheres têm muito mais recursos a serem utilizados, muito mais formas de hum... aflorarem a beleza exterior e papapá. No armário delas não precisam existir somente calças e camisetões, elas têm muito mais liberdade! E e e... sei lá, conseguem ser muito feias. Tipo não existe desculpa. Seja machismo ou o que for, não gosto. E eu tentei conversar com gente que não vejo há algum tempo. Pela primeira vez, isso de 'aniversário' me deixou realmente aborrecida. Quer dizer, não é aquilo de tratar isso como o Voldemort é tratado em Hogwarts (comparações a la Harry Potter são tudo, neám)... eu acho uma data estranha porque, por um dia na vida, você se vê obrigado a viver em algo totalmente vocêcentrista. Ah, eu fico meio paranóica. Tipo primeira menstruação, que tu anda na rua escondendo a bunda (porque parece que todo mundo sabe e que vai existir uma mancha gigante e vermelha na calça). Ok, eu sei que não deve ter sido gostoso de ler isso. Nem em escrever, acreditem. "Parabéns pra você" é uma musiquinha infeliz. Eu só não gosto de como todo mundo te adora no dia das comemorações e depois te trata normalmente. Fora que, se existe comemoration, é porque eu estou promovendo um encontro de estranhos para meu bel-prazer, o que eu considero totalmente egoísta e esquisito. Mas nada contra aniversários alheios, of course. Tá, e estão mexendo com a minha cabeça. Milhões de re-marcações. Minha agenda está muito estranha. E eu não quero ouvir coisas como "ah, isso que tu nem trabalha" ou "ai, ser jovem é que é bom". Eu vou ficar um século estudando para o vestibular, para chegar no dia e atravessar a cidade por causa de uma prova que possivelmente vai me deixar irritada e fazer eu me sentir burra. Quer dizer, existe a preparação... em termos de morrer lendo livros chatos e realmente estudar e, claro, o negócio psicológico... Claro que eu não quero morrer tentando, prefiro me contentar com a idéia de conseguir o que eu quero num futuro não distante. Enfim, estou meio blé. Eu fiquei um tempo conversando com o tio da locadora (de filmes) outro dia e foi bom, me senti amigável. Quer dizer, offline eu não me forço para parecer uma pessoa legal. Eu ajo normalmente, não vejo sentido em ser total legal com uma pessoa que nem sei quem é. Falando em humanos de novo (ah tri), me lembrei de algo que me revolta em dobro: coisas óbvias no Orkut (não que eu esteja livre delas, mas...). "O que não suporto: falsidade, mentira e traição.". Sério, que coisa mais repugnante. E eu ainda tenho que extrair meus sisos! Tudo culpa do aniversário.

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Livro do Desassossego

Eu tenho isso em uma folha. Achei tão realista e legal. Enfim, queria postar porque me identifiquei e porque a folha pode sumir por aí.
_
A arte consiste em fazer os outros sentir o que nós sentimos, em os libertar deles mesmos, propondo-lhes a nossa personalidade para especial libertação. O que sinto, na verdadeira substância com que o sinto, é absolutamente incomunicável; e quanto mais profundamente o sinto, tanto mais incomunicável é. Para que eu, pois, possa transmitir a outrem o que sinto, tenho que traduzir os meus sentimentos na linguagem dele, isto é, que dizer tais coisas como sendo as que eu sinto, que ele, lendo-as, sinta exactamente o que eu senti. E como este outrem é, por hipótese de arte, não esta ou aquela pessoa, mas toda a gente, isto é, aquela pessoa que é comum a todas as pessoas, o que, afinal, tenho que fazer é converter os meus sentimentos num sentimento humano típico, ainda que pervertendo a verdadeira natureza daquilo que senti.

Tudo quanto é abstracto é difícil de compreender, porque é difícil de conseguir para ele a atenção de quem o leia. Darei, por isso, um exemplo simples, em que as abstracções que formei se concretizarão. Suponha-se que, por um motivo qualquer, que pode ser o cansaço de fazer contas ou o tédio de não ter que fazer, cai sobre mim uma tristeza vaga da vida, uma angústia de mim que me perturba e inquieta. Se vou traduzir esta emoção por frases que de perto a cinjam, quanto mais de perto a cinjo, mais a dou como propriamente minha, menos, portanto, a comunico a outros. E, se não há comunicá-la a outros, é mais justo e mais fácil senti-la sem a escrever.
Suponha-se, porém, que desejo comunicá-la a outros, isto é, fazer dela arte, pois a arte é a comunicação aos outros da nossa identidade íntima com eles; sem o que nem há comunicação nem necessidade de a fazer. Procuro qual será a emoção humana vulgar que tenha o tom, o tipo, a forma desta emoção em que estou agora, pelas razões inumanas e particulares de ser um guarda-livros cansado ou um lisboeta aborrecido. E verifico que o tipo de emoção vulgar que produz, na alma vulgar, esta mesma emoção é a saudade da infância perdida.
Tenho a chave para a porta do meu tema. Escrevo e choro a minha infância perdida; demoro-me comovidamente sobre os pormenores de pessoas e mobília da velha casa na província; evoco a felicidade de não ter direitos nem deveres, de ser livre por não saber pensar nem sentir – e esta evocação, se for bem feita como prosa e visões, vai despertar no meu leitor exactamente a emoção que eu senti, e que nada tinha com infância.
Menti? Não, compreendi. Que a mentira, salvo a que é infantil e espontânea, e nasce da vontade de estar a sonhar, é tão-somente a noção da existência real dos outros e da necessidade de conformar a essa existência a nossa, que se não pode conformar a ela. A mentira é simplesmente a linguagem ideal da alma, pois, assim como nos servimos de palavras, que são sons articulados de uma maneira absurda, para em linguagem real traduzir os mais íntimos e subtis movimentos da emoção e do pensamento, que as palavras forçosamente não poderão nunca traduzir, assim nos servimos da mentira e da ficção para nos entendermos uns aos outros, o que, com a verdade, própria e intransmissível, se nunca poderia fazer.
A arte mente porque é social. E há só duas grandes formas de arte – uma que se dirige à nossa alma profunda, a outra que se dirige à nossa alma atenta. A primeira é a poesia, o romance a segunda. A primeira começa a mentir na própria estrutura; a segunda começa a mentir na própria intenção. Uma pretende dar-nos a verdade por meio de linhas variadamente regradas, que mentem à inerência da fala; outra pretende dar-nos a verdade por uma realidade que todos sabemos bem que nunca houve.

Bernardo Soares (Fernando Pessoa), Livro do Desassossego -
§ 260



segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Gatilho

SERÁ QUE VALE A PENA?


Isso aí em cima é um link para um post do senhor 'Gui ¬¬' que me deixou horas refletindo e nhá. Não poderia deixar de citar isso, não mesmo.
E vou me aproveitar e roubar mais coisas do blog dele e colar aqui. Tipo esses fragmentos de um texto bastante conhecido, mas que, enfim, não custar ler novamente. Eu peguei os que realmente me importam, não foi colocar tudo na íntegra. Bem malvadona, isso aí.
(Listening: Depeche Mode, porque é ótimo para tetiar)

"Aprendi...
1. Que posso passar anos construindo uma verdade, e destruí-la em apenas alguns segundos.
2. Que eu preciso escolher entre controlar meu pensamento ou ser controlado por ele.
3. Que eu posso fazer algo em um minuto, e ter que responder por isso o resto da vida.
4. Que jamais posso dizer a uma criança que seus sonhos são impossíveis. Será uma tragédia para o mundo se eu conseguir convencê-la disso.
5. Que minha existência pode mudar pra sempre em poucas horas, por causa de gente que nunca vi antes."

Ah sim, e nessa música que eu estou ouvindo (I promise i will, do Depeche), tem um trecho que eu escrevi na saia da Anita. Enfim, eu fiquei feliz de descobrir que veio daqui. A música é realmente boa, a letra, tudo. Enfim.

Ultimamente eu tenho estado particularmente feliz. Pensando seriamente em vestibular, no futuro, na psicóloga (hahaha ontem eu sonhei com ela me xingando, dizendo que estava desapontada e por isso não me atenderia hahaha).
-

Tá. Pausei porque fui assistir um programa na televisão. Discutiram a necessidade da tristeza (sim, existe utilidade na tv, não é só plim plim e besteirol ^^). Eu gostei do programa, ainda que tenha sido um pouco irritante. Uma apresentadora, o ajudante-porta-voz-do-público-participativo dela e três convidados: um músico bem viajandão, um psiquiatra e uma filósofa semi-psicanalista. A mulher falava demais, falava merda e não deixava ninguém falar. Mui chata. O médico quase morreu fazendo caretas e tentando desfazer as confusões que ela criava no tema da conversa. O músico arrematava as coisas com uns comentários realmente nada a ver e os apresentadores apartavam as 'brigas'.
Enfim, foi útil. É importante perder, sentir sintomas diferentes dos 'felizes', colocar os pés no chão, afinal a realidade não é um docinho (eu adoro meigamente quem diz isso ^^^). Só que enfim, existem jeitos e jeitos de se tolerar essas dores. Dependendo do conflito em questão, torna-se realmente fácil perder o controle das emoções, misturá-las com o poder racional da coisa. O cara falou de psicoses, neuroses, de como é fácil perceber essas diferenças. Falou dos profissionais que instruem o paciente a comprar determinados medicamentos que, na verdade, fogem da sua área. Simples calmantes e coisas assim que, no final, agravam mais ainda o problema. Enfim, falou uma série de coisas bem legais. O problema da tia é que ela realmente filosofava usando termos técnicos. Não teria problema se ela se dissesse dona das próprias idéias, mas não... ficou um conflito todo entre ela e a ciência e, se eu fosse o cara, daria uma porrada nela (hahaha).
Na verdade, com algumas exceções - of course -, eu ando bem calminha. Eu me sinto culpada quando me irrito ou coisas assim, ainda mais com as pessoas ou pelos motivos errados. Até porque uma cabeça quente não rende boas ações. Ok, não levemos isso no sentimos literal. (...) Enfim!
Hoje mesmo eu fiz uma indiada terrível que, se acontecesse há um ano atrás - por exemplo -, me renderia mal humor pra lá de um metro. Eu não gosto dessa expressão, mas foi minha maneira de ser educada, seja lá o que isso quer dizer nesse instante. Sei lá, eu percebi as muitas vantagens em não levar certas coisas tão a sério. Isso não é sinônimo de irresponsabilidade.
Eu fiquei pensando em força de vontade e em coisas que você faz basicamente por você mesmo. Eu tenho minha listinha e, de repente, me deu vontade de vencer logo isso. E pensei naquela história toda de originalidade. Isso sim é really cool e apreciável.
Ok, assuntos mais relacionados com 'socialização' também anda
m me corroendo. Essa história toda de fim de ano, adeus escola, onde tudo fica em clima de paz e amor. Estão programando aqueles 'livros do ano', cheio de nove horas, lá na minha turma. Achei uma merda. Primeiro porque já deixaram claro o grupo organizador, sendo que nem a foto que vai te representar pode ser da sua preferência... logo... enfim, eu vou ser (mais?) uma daquelas carrancudas que não vai querer nem abrir a merda do livro. Se por um lado eu estou mais calma, é porque eu estacionei umas idéias na minha mente. A psico não gosta delas e nem eu, mas enfim, Temporariamente é o que eu posso fazer por mim. Tudo bem, tenho que parar de levar tudo como se fosse uma ofensa pessoal... mas passado é passado. O que foi feito não deve ser corrigido às pressas.
É é. Isso é algo que me incomoda. Perdoar não é esquecer. Mas enfim. Eu já não lembro o que disse sobre isso aqui, mas vou prosseguir... A política de fim de ano, também conhecida como política natalina, é uma aula teatral. Puxa, o cara foi um merda contigo o
ano inteiro e de repente vai lá te abraçar?! Eu posso ser puta cínica, mas isso é algo que eu não encaro. Na boa, diz que eu sou uma velha ranzinza, diz que eu só abro a boca pra falar merda, mas não diz que vai sentir saudades, não demonstre falsos sentimentos. E nem por medo de me machucar, mas por favor! Isso é o cúmulo da coisa.
Hoje aconteceu algo bem constrangedor. Pequeno, mas nem por isso deixou de ser bem chato. E, sei lá, foi previsível e eu não quero que se repita. Tem coisas que minha insegurança não deixa. Eu detesto entrar em lojas, pedir informações e coisas assim. Dependendo do que for eu vou acompanhada - e a pessoas que estiver comigo vai ser "levemente" pressionada para fazer algumas perguntas aos estranhos. Se a previsão é de algo realmente mega vergonhoso ou coisa que o valha, a ponto de eu me sentir mal por mim, pela pessoa e pela vítima, eu encaro sozinha - com um boné, óculos escuros e uma leve corridinha no final, mas encaro. Isso é o bom do anon
imato. No sentido de andar no centro ou num lugar onde você vai pisar uma vez na vida e fazer burradas ou pagar micos. Ok, situações que pra mim são desastrosas, não necessariamente micos. Temos que considerar que eu sou neurótica nesse ponto.
Eu fiquei pensando outro dia (ontem, para ser mais exata), entre decidir entre a tentação de descobrir um elogio ou uma crítica maldosa - sobre mim, no caso. Eu fiz isso uma vez, mas se tratando de 'teu pior defeito/ melhor qualidade', com o Shaolin. Foi estranho e, de fato, é engraçado e bom ouvir a opinião alheia para determinadas coisas. Eu fico horas analisando perfis de orkut. Pode soar como algo vagabunda, mas é realmente impressionante tirar algumas conclusões.
Ah sim, a minha idéia principal era falar do texto do Gui, que me tocou um monte, e falar de vilões e dos dois lados da moeda. No livro Quincas Borba, o cara da o exemplo das batatas. Existe duas tribos, eu acho, e um objetivo: chegar num lugar x com milhões de batatas (para todos saciarem a fome e, enfim, sobreviver). Mas, para chegar no tal lugar, é p
reciso enfrentar isso e aquilo, onde as batatas são escassas e não alimentam todo o pessoal (não o suficiente para eles irem adiante e chegar no reino das batatas). Então, nesse caso, a guerra entre as tribos torna-se um fator benígno para a sobrevivência. "Ao vencedor, as batatas!".
Hahaha nada a ver com o assunto, mas lembrei de outro dia em que eu fui comer comida chinesa com a Anita e o Shaolin. Eu fiz um movimento mui tosco com os hashis e eles disseram que os chineses deviam estar se remexendo na cova. Ok, eu fico rindo muito disso por que eu sou muito porca comendo. Credo, que egocêntrica que eu tô. Basta!
A partir de uma série de coisas, eu fico bastante hum (não quero dizer 'irritada, mas o termo é esse) com pessoas que não analisam os dois lados da coisa. Se matou é porque é um vagabundo malvado, se come carne é porque é O killer (eu não vou nem entrar nes
se assunto de vegetarianismo de novo)... E, com isso, vem uma série de preconceitos não tão famosos: com o não positivismo, os caretas e os bissexuais, por exemplo. Hahaha. Tá, eu tô tri viajando. vou acabar com isso e depois escrevo mais, porque tô muito inspirada e feliz. (?)
Iriiii!

segunda-feira, 4 de junho de 2007

Flor de Lótus

Eu tenho um caderno bem bonito até, com uma flor de lótus na capa e tals. Há uns dois anos, por aí, eu usei ele para escrever coisinhas que eu lia nos livros, pensamentos, músicas e coisas assim. Tri que eu dizia que era meu caderno de filosofias. Tá... com o tempo eu preenchi ele com matéria da aula de química e coisas assim, mas ele chegou a ficar bem gordinho. E, sim, eu gosto um monte de pegar ele do nada e dar uma olhada. Daí, como eu não estou afim de ficar falando de mim hoje, vou postar uns pensamentos. Na verdade, a proposta desse blog era ser diferente do anterior, falar de outras coisas, tentar se concentrar mais na parte estrutural da coisa do que ficar só na sentimental... mas sabe como é, essas Ivy's que se empenham em começar uma coisa mas nunca seguem a idéia... enfim. Vou citar umas coisinhas do caderno.
Enjoy!

"Para encontrar um amigo, devemos fechar um olho. Para observá-lo, devemos fechar os dois."
"Liberdade é o que você faz do que foi feito de você." (Sartre)
"A verdade é a melhor camuflagem. Ninguém acredita nela." (Max Frisch)
"A beleza é um acordo entre o conteúdo e a forma." (Henrik Ibsen)
"Aquele que conhece seus defeitos está próximo de corrigí-los." (Aristarco)
"Nunca é demasiado tarde para ser aquilo que sempre se quis ser." (George Eliot)
"Há sempre um pouco de loucura no amor. Mas há sempre um pouco de razão na loucura." (Friedrich Nietzsche)
"O amor são duas solidões protegendo-se uma à outra." (Rainer Rilke)
"O maior inimigo da criatividade é o bom senso." (Pablo Picasso)
"Não sabendo que era impossível, ele foi lá e fez." (Jean Coeleau)
"Não deixe a escola atrapalhar seus estudos."
"Quem tem por que viver é capaz de suportar qualquer como." (Friedrich Nietzsche)
"As coisas valem pelas idéias que nos sugerem." (Machado de Assis)
"Procure o ridículo em tudo e o encontrarás." (Jules Renard)
"Ninguém consegue escapar da sua individualidade." (Arthur Schopenhauer)
"O outro lado tem sempre um outro lado."
"O essencial é invisível aos olhos." (Saint Exupéry)
"Democracia é quando eu mando em você. Ditadura é quando você manda em mim." (Millôr Fernandes)
"Quanto mais te revelas, mais te rendes ao poder dos outros." (Merlim)
"Muitos homens passam por sábios graças à ignorância dos outros."
"Tenha certeza de suas dúvidas." (São Tomás de Aquino)
"Não há fraqueza, senão a incapacidade de acreditar." (30/07/05)
"Mais vale uma teta na mão do que duas no sutiã." (Mamonas Assassinas)
"Faça aquilo que você mais teme." (Ralph Waldo Emerson) <--- quem é esse cara?
"Palavras só ligam pessoas que têm sinfonia." (Max Frisch)
"Não estou mal e nem estou bem. O preocupante é que não estou." (Melissa Panarello)
"A distância mais longa é entre a cabeça e o coração." (Thomas Merton)
"Sejam como são, ou deixem de ser."
"Pouca sinceridade é perigoso. Muita sinceridade é absolutamente fatal." (Oscar Wilde)
"Adolescentes têm o desejo de serem diferentes vestindo-se da mesma forma."
"Perdoa a teus inimigos: nada os chateia tanto." (Oscar Wilde)
"Meia verdade é sempre uma mentira inteira."
"Não se sinta capaz de enganar quem não engana a si mesmo." (Crime Perfeito - Engenheiros do Hawaii)
"Vivo, era uma peste. Morrendo, serei tua morte." (Edgard Allan Poe)
"Eu não tinha medo de olhar as coisas horríveis, mas ficava apavorado à idéia de nada ver." (Edgard Allan Poe)
"Os meus sonhos não são tão vazios quanto a minha consciência parece ser." (Behind Blue Eyes - Limp Bizkit)

quinta-feira, 29 de março de 2007

Subjetivismo.

As pessoas deveriam ter uma relação com seu estado emocional proporcional a relação de uma lagartixa com seu rabo. Ele sim se regenera - sentimentos não.

-
Hoje eu estava conversando com uma pessoa e ela disse coisas que, até certo ponto, me identifiquei. Depois de um tempo, o assunto já mais adiantado, ela começou a parecer um ser totalmente arrogante. Eu questionei-a, disse que ela agia de maneira egoísta, era insensata. Ela me olhou e disse 'sim, eu sou'. Não me supreendi com a sinceridade brutal ou coisa do gênero, mas com a falta de consciência que existia naqueles atos. Claro que isso é a minha opinião mas, de fato, não compreendo.

Essa pessoa e eu temos uma outra pessoa em comum, de quem somos muito próximas. Ela sofreu coisas e, em um determinado momento da vida em que tudo lhe indicava um caminho, ela seguiu por um outro toalmente contrário ao que a razão mandava. Eu me orgulho disso, me orgulho de poder admirar e ser admirada por uma pessoa diferente do padrão. Em todos os sentidos.

Vai fazer uma semana que uma terceira pessoa fez uma determinada 'confissão', se assim posso dizer, para sua amiga e orientadora. Ela poderia ter sido encorajada, recebido força, estímulo, proteção. Mas novamente a situação oposta ocorreu. Nesse caso, foi algo que me surpreendeu horrores. Não esperava que um comunicado fosse capaz de gerar repressão. Ou, nesse caso, traição.

A partir do momento que você confia em alguém e dá a liberdade e a segurança para essa pessoa confiar em você, vocês estão entregues aos laços de afeto e respeito um do outro. Quando cria-se um nó ou as pontas, puídas, se desfazem, todo o acordo é quebrado. Algo praticamente irremediável, sabe.

De repente, eu que estava sendo a pessoa mais feliz do mundo, mergulhei num profundo mar escuro. Não falo em depressão, nos medos de sempre, solidão ou coisas assim. Apenas acho que, a partir do momento em que somos todos únicos dentro do universo individual que é a realidade de cada um, o mínimo que pode ser exigido é respeito e igualdade - palavras chaves. E ponto!

Eu não sinto falta de uma boca para beijar, uma música para escutar, uma festa para ir. Sinto falta de ver olhares no mesmo nível do meu, de me sentir igual - sem precisar me curvar, sem precisar provar minha superioridade. Algumas perguntas, ainda que discretas, poderiam salvar a alegria de muitos, ainda que fosse pro alguns segundos. Mas não: estamos acostumados a pensar pelos outros, 'adivinhar' seus pensamentos e fazer o que achamos que será melhor para o próximo - sem pensar se isso é o melhor de verdade ou se é o mais viável.

O mundo é uma escola, está certo quem afirmou isso. É na escola que a gente erra, aprende, faz provas, conhece gente, fecha a cara, freqüenta na maioria do tempo. Mas é simplesmente a escola. Quem está nela não vê a hora de sair, se aventurar, ainda que não faça idéia do que realmente o espera lá fora. Eu achei outro dia uma música sobre o Apanhador realmente perfeita. Traduzi e tudo e fiquei feliz que alguém tivesse tido a capacidade de escrevê-la.

Todos fazem campanhas, vendem sorrisos, levantam os braços - mas isso é sinônimo de não fazer nada. E quem fica escrevendo ou se masturbando o dia inteiro na frente de um monitor está tão avançado quanto estes novos protestantes. Pessoas que não olham para o mundo como ele é ou foi, mas como ele deveria ser. A essência de tudo está no seu passado. Passado.

Eu descobri o vazio em tantas pessoas, mas tantas pessoas. E descobri tesouros em outras. O que eu sinto nunca foi sentido e afirmo isso com a mesma certeza e fé que faz um homem acreditar em figuras divinas. Eu gosto de me sentir especial e gosto que os demais se sintam livres para sentirem-se como quiserem. No fundo eu não me importo - e isso não faz de mim mais ou menos egoísta do que eu quero ser e sou.

Hoje recebi notícias de que não gostei nem um pouco. Descobri coisas de que não gostei nem um pouco. Não descobri coisas, o que me deixou desgotosa em parte. Mas, o mais importante: hoje eu tive certezas. Fazia um tempão que eu não confiava em nada. No momento estou dividindo pedaços de mim com tantas pessoas. Acho que estou em tornando imortal e ao mesmo tempo eu mesma.

Descobri que querer é poder e que, mesmo quando tudo está certo e algo de muito errado acontece, mesmo quando o mundo dá voltas boas e ruins, devemos guardar nosso conhecimento e nossas experiências para quem realmente merece ouvir. Não é uma questão de amizade, bom-senso ou vontade, mas uma questão de respeito a mim mesma.

Tem gente que nasceu para ser palco, gente que nasceu para ser platéia. Eu nasci para dirigir a joça e decidir quando e qual será o espetáculo. Isso não é arrogância, prepotência ou nada de muito desagradável, apenas auto-conhecimento. Agora eu sei controlar minhas palavras, olhos, mãos. Já estava na hora de olhar para frente, parar de pensar no cabelo e tirar fotos com gente nova. E que minha mãe não se meta, pelo menos nisso.


quinta-feira, 1 de março de 2007

Vento no Litoral

A viagem foi boa. Sabe que estava frio na praia? Frio de usar casaco e tomar banho de chuva. De fato, pra mim veio em boa hora esse 'afastamento' do mundo. Não que lá seja um lugar total primitivo... mas é ótimo para desestressar. Na verdade, nem tão ótimo assim... se é que você procura algo realmente bom para fazer.
Trilhas e restaurantes mega naturebas... teatro do Fernando Pessoa (eu já vi... veria de novo, mas só vi os cartazes um dia depois da apresentação.)... vacas que comem salgadinhos ElmaChip's. Enfim, eu passei o tempo olhando para as diversas paisagens maravilhosas e lendo. Lendo muito.
Sabe, eu sinto falta de ficar me balançando (beeem rápido) na rede e cantando, enquanto invento histórias malucas... senti muita vontade de escrever, mas as canetas e o caderno são inimigos das minhas palavras: eu sento para escrever e fico só desenhando. Mas isso é bom também... sentia falta disso. Fora que eu viajo muito quando desenho...
Sei lá. Eu encarnei num livro do Harry Potter (o do Príncipe Mestiço). Achei realmente muito bom. Fiquei uns quatro dias sem mexer o pescoço, só lendo... hahaha. Pode soar babaquinha ou infantil, mas realmente gostei do livro. O melhor da série, sem dúvidas. Os outros mostravam o lado mais 'turminha em ação', meio sessão da tarde, do menino Harry. Esse, sei lá, é bem mais forte. Bem mais maduro.
O início é um porre... comecei a ler umas sete vezes, até ir em frente e começar a babar pela história. Eu gostei de como esse livro foi mais equilibrado... tipo com ganhos e perdas... O Harry era sempre o fodão. Ok, isso não mudou muito... mas gostei. Snape, Snape...
Meu primeiro gato vai ter o nome de Sirius Black. Não porque eu amo o personagem, nada disso. Apenas acho o nome muito bom, muito mesmo. O certo seria ter um cachorrão preto, seria mais coerente. Mas cachorros têm cara de bobo, e o nome Sirius é total malicioso. Gatos são cretinos, é o instinto.
Eu não queria estar falando da praia, mas enfim. Acho que cresci um monte lá. Eu fiquei sem pc, sem música, nem vendo mais que uma hora de pc por noite. Ok, talvez duas. Mas fiquei pensando muito... o que fazer da vida, quem eu sou, quem vocês são e o que representam pra mim, sei lá. Fiquei pensando na minha loucura, admirando o Renato Russo, criando teorias e coisas a dizer.
Ontem eu me desculpei por não saber ser doce, para uma pessoa. Eu nunca sei o que sinto por ela. Talvez eu me sentisse comparada demais, e eu não gosto disso. Éramos muito parecidas. Ainda somos, muito mesmo. Mas, claro, existe uma certa polaridade. E umas fofocas no meio disso tudo. Mas enfim, ela é especial, eu não posso negar isso.
Eu sou muito grossa as vezes, sem perceber. O Dado falou algo do fogo uma vez, signos de fogo... por mais intencional que seja, por mais carinhoso que tenha que ser, o fogo sempre acaba ferindo. E eu fiquei pensando em Jesus e na história toda. Noticiários... Oh, acharam covas... Oh, Poltergaist.
Pensando bem, eu gosto de Jesus. Ele deve ter sido um cara muito bom de conversa... Gosto da idéia dele ser um homem comum. Mas não gosto da pose da Igreja, em relação a isso. Deus é outra história. No fundo, eu prefira voltar à Grécia Antiga e acreditar naqueles deuses todos, tão sedutores... O homem estraga tudo.
E eu pensei em coisas aleatórias interligadas, como opção sexual, cabelo, beijo e individualismo. Eu me sinto em um gueto às vezes. E eu fui consumida por uma depressão terrível. Sabe, tinha uma confeitaria lá que seria um belo cenário para filmes de terror, tipo A Casa de Cera. Tri que a casa de cera poderia ser um lugar de depilação. Seria um horror do mesmo jeito...
Eu comi uns queijos gostosos, sonhos e muitos pães fofinhos. Eu li sobre máscaras cremosinhas, para a pele e o cabelo. Eu vou fazer reeducação alimentar. Sabe, ando sempre com pirulitos agora, o que não é um bom sinal. Talvez seja coisa da idade... estou crescendo e não tenho um rumo. Sabe, eu daria uma boa empreendedora. Hoje me diverti muito com matemática. E eu preciso de uma análise... para saber se tenho capacidade de fazer isso com outras pessoas.
Estou doente por dentro. Mas não é nenhum remédio ou uma noite que vai curar. Senti uma puta saudade do Dado, do Shaolin. E de mais algumas pessoas, mas principalmente esses dois. E eu achei um marca páginas que vale ouro... existem belas coisas escritas nele. Levei material para aprimorar rabiscos e entender astrologia, mas gastei esse tempo lendo o livro da Matrix. Que droga, meus livros não estão aqui em casa... Só a introdução desse aí é uma riqueza... e bem longa... ainda nem cheguei na história mesmo, de fato. Tenho tantas coisas a pesquisar... desde o funcionamento dos ovários até hare krishna e Rousseau.
Agora eu tenho um novo sutiã favorito. E agora o 'vento no litoral' me acompanha todo o tempo. "Tempo, tempo... falta um tanto ainda, eu sei, pra você correr macio..."