Cara, hoje eu comprei um livro que deve ser muito bom. Alguns prestigiadores do "Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças" falaram do filme [do livro], que por sinal eu queria ver antes de descobrir que existia um livro. Enfim, entre as minhas aventuras de ônibus pela cidade, do tipo ir e voltar do Campus do Vale, eis que eu vi o livro sorrindo pra mim, numa dessas barraquinhas que os tios montam na calçada. "A insustentável leveza do ser". Mais um título que eu vou ler nas férias e me deixar muito chata. Quer dizer, quem estava próximo de mim quando eu li o Apanhador realmente sofreu. Dessa vez eu tenho muitas coisas para ler, que eu estou acumulando há séculos, mas que enfim, dessas férias não passa! Tenho que terminar o da filosofia da Matrix e mais uns trocentos, porque eu sou cheia desses tiques de não finalizar as coisas (oh, arianos... ok, parei de birra com os signos: ano novo, voltamos ao zero, né?!). Complexo de Portnoy, Linguagem Corporal, blablablá... Ok, eu preciso falar de vestibular, porque isso tá me coçando! (?) Na verdade, eu ia só falar que o pré-prova de hoje foi muito, sei lá, profecia, porque teve a ver com 1001 noites e dança do ventre... ok, é um sinal, eu vou passar! Ah tri. Essa foi a última vez que eu disse algo do gênero aqui, porque eu não gosto desse excesso de confiança. Eu fico meio apavorada com tudo e esperando o resultado da UFCSPA, daí não funciono muito bem. Eu achei o Campus do Vale tão simpático nesses dias, mesmo alagado e cheio de gente burra. Pronto, falei. Não falo nem de gente que erra a última questão da prova de física (tá, é que essa eu realmente fiquei muito feliz quando eu vi na prova), mas de pessoas que não sabem identificar seu número na carteira de identidade e coisas assim... Mas sempre tem uns perdidos. Como eu ia dizer, eu fico meio de cara que eu sempre me ferro na redação. Digo não que eu tenha ido mal, mas quando eu não presto vestibular os temas são idiotas, tipo falar sobre talento, e quando é o contrário eles pedem essas coisas que me deixam com sono, tipo "leia esses dados do IBGE e relacione com a situação da qualidade de vida da população sul-riograndense". Sério, que perseguição... sahuiashusi. Se tem uma coisa que eu detesto falar é 'saneamento básico', e hoje eu tive que escrevê-la umas três vezes (contando com agora). Os meus fiscais são bonzinhos. Eu geralmente tenho sorte com eles. Tem uma gordinha que, enfim, eu não sei realmente nada dela. E ela sorri pra ti numa hora e depois quase te arranca o ombro no corredor. Mas ela é adorável. O cara é um cabeludo que parece que tem uns quinze ou dezesseis anos e é bem simpático. Na verdade as garotinhas de plantão, inclusive aquelas loirinhas com cara de Odontologia, ficam puxando uns assuntos forçados e ele não é mal-educado, o que é um tanto admirável - tá, é que eu tenho uma antipatia absurda por loirinhas com cara de Odonto que resolvem tentar para Psicologia. Sei lá, ele tem um All-Star verde, é vegan e faz Geologia. No mínimo muito bizarro. E verde demais para qualquer cabeça. Eu descobri, pela manhã, que tenho um vizinho fiscal, que faz Engenharia Cartográfica: hoje foi dia de descobrir estudantes de cursos psicodélicos. Enfim, peguei um ônibus super gostoso no caminho. Sem dúvidas, foi o mais cheio da minha vida. Não sai da porta desde que eu entrei. A minha mochila ficou atrás do banco do motorista, junto com outra, e eu ficava buscando a luz como indício de ar. Eu tô falando sério, eu fiquei num buraco e tinha uma mochila em cima da minha cabeça, então eu tinha uma fresta para respirar. Foi legal até e bem engraçado, na verdade. Eu fiquei conversando com um cara e sorte a minha que ele era sei lá 'normal' também, porque logo de início eu falei coisas aleatórias do tipo "você vai ser estuprado" e não pegou muito mal. Tinha um pau amarelo atrás dele. À minha direita, tinha um cara aparentemente não-velho, que estava no celular com a filha dele. Os dois iam fazer vestibular. Achei engraçado, tipo me imaginei estudando com meus pais. ahuahui Falando em pais, eu acho um absurdo aquele monte de mães no campus. Sério, deixem os filhos crescerem! Que merda. Hoje eu me meti lá na frente, porque eu não ia ficar atrás de um bolo de gente de novo porque todas as mães resolveram levar seus babys até a sala. Até a sala! Já não basta entrar no campus, ocupar todo o espaço disponível, elas querem interromper o fluxo nos microcorredores e ficar meia hora abraçando os filhos na porta! Eu sou meio grosseira às vezes. Quer dizer, é diferente ser antipática e ser grosseira. Na verdade eu adoro fazer carão antes da prova. Tipo que tu tá comendo uma banana (ok, isso é banana de se fazer) e faz aquela cara de lutador de boxe mordendo a orelha do adversário, e se joga na cadeira enquanto as pessoas roem unhas e fazem aquela cara de bunda olhando pro relógio, esperando o sofrimento. Eu fico pensando nessas pessoas que deixam o celular tocar no meio da prova, sabe... isso a mãe delas não fala pra elas, isso de que uma vez na vida as coisas tem que ser levadas à sério. O dia que eu for fiscal eu vou ser muito filha da puta. Deve ser por isso que eu não sou presidente. Haha. Hoje, um professor de física cantou Scorpions e U2, e um outro cantou Raul e foi tão legal. Tipo me lembrei do show do Evanescence (ok) que eu fui e fiquei realmente feliz, sabe, gritando coisas aleatórias que ninguém escuta e é muito bom. Por sinal tinha um cara lá enlouquecido que mora por aqui também e daí a gente sempre se cruza na rua e fica uma coisa "eu sei o que você fez ano passado". Sério, como tem gente morando aqui, né?! Ah tri. Nossa, os vestibulandos de Psicologia são os mais aleatórios possíveis. Ok, isso não é novidade. Mas ano passado foi uma chuva de emos e pessoas com cara estranha, e só. Esse ano, tem umas cinco pessoas que estão na minha sala e também estavam na minha sala no vestibular da UFCSPA, sendo que uma delas é um protótipo de João Gordo, sabe. Tem um loirinho quase albino, um magrão que usa bermudas de criança de oito anos e mais uns que eu não lembro agora. Dos outros, tem uma guria muito camioneira, que usa cueca e tudo. Tem uns cabeludos perdidos, sendo que um deles lembra uma mulher... Sei lá o que mais, tem uns nerds, umas loirinhas com cara de Odonto e uma guria muito tapada (que não sabia do número da identidade e tal), que por sinal acho que é a mesma que tentava ohar pro lado durante a prova e os fiscais chamaram a atenção. Daí tem um ou dois caras que se acham gostosões, umas drogadinhas e o resto é aquele tipo de guria com cara de nada, sabe, que usa rosa, mas não é bonita. Enfim. Eu li umas três páginas do livro, mas ainda estou sob o efeito do vestibular.
Odiei esse título.
segunda-feira, 5 de janeiro de 2009
Língua solta
Assuntos:
livro,
não-ficção
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
Postar um comentário