quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

último post de 2009




a coisa mais engraçadinha que eu li sobre esse reveillon diz respeito a aqueles óculos de plástico que são feitos pelo menos desde o ano 2000, em que os olhinhos se encaixam perfeitamente nos zeros e tal. agora chega o "1" entre os zeros para avacalhar com os fabricantes de óculos-de-reveillon. eu espero, francamente, que eles consigam encaixar bem o "1" no lugar do nariz e continuar vendendo bem e tal, já que depois vai ficar impossível... dois zeros juntos só daqui muito muito tempo. oh meu deus, que desespero! tipo que essa declaração infeliz é realmente o que eu tenho a dizer. metade do meu ano foi uma bosta realmente sólida e fedida. outra metade foi realmente "weeee", bem colorida e linda e tudo mais. passar no vestibular fez realmente a diferença. mas ainda tenho muitas provas pela frente (se eu prolongar isso, vai ser pior). era pra tentar mostrar que provas significam outras dificuldades também. enfim. cresci bastante esse ano, mantive meu um metro e meio de ananismo, comprei uma tiara de onça verde e tive mais vários feitos aleatórios. espero ir em shows legais em 2010. e gostaria que menos pessoas legais morressem. (tenso)


sempre vale mandar um beijo para pessoas queridas que têm paciência comigo e meu estômago.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

(sem sentido)


E eu poderia ter dito "Quer merda, John! Você fudeu com tudo!", mas dizer "John" no Brasil parece forçado, e dizer que o tal John teria realmente fudido com tudo seria mentira. Então, por um tempo, eu esqueci que estava no Brasil e procurei fingir que desconhecia as porcentagens de responsabilidades entregues a cada pessoa envolvida (50% pra cada um, afinal éramos apenas dois). Eu disse "Porra, John, você sempre fode com tudo!", o que era mais mentira ainda. Quando algo chega ao ponto de ser 'mais mentira ainda', é sinal de que perdemos a cabeça. Totalmente. Sem voltar atrás. E o John me olhou assustado, mas daquele jeito convicto. Ele sabia que ele estava certo. Mais do que isso: ele sabia que ele estava certo e que eu estava errada. Completamente errada. 100% errada. Ele deu um passo largo para trás, e ficou me olhando com uma expressão séria. Não era parecida com a cara de um pai quando está irritado com o filho, nem aquele tipo de seriedade que pode facilmente ser amenizada e seguida de um movimento engraçadinho de sobrancelhas: quando eu digo séria, eu digo realmente séria. E ela não mudaria por nada, eu achei. E pensei "Putz, Lia, você sempre fode com tudo!". Meu nome não é Lia, mas juro que no momento eu me autonomeei assim. Acho que a vergonha foi tanta que eu queria fugir dali e o máximo que eu consegui foi tentar mudar de identidade, mesmo que isso servisse de escudo invisível que não dura mais de doze segundos. E, no final, foi só isso: uma dessas atitutes que a gente tem por impulsividade, impulsividade pura. E se arrepende depois. Mas aí já era tarde: eu já tinha fudido com tudo. É o que acontece quando a gente está convicto demais de que pode ser uma Lia. Ou não.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Estilo "Let it be".

          E a gente fez aquela coisa de sentar onde der e ficar por isso mesmo. Eu nem lembro qual era o assunto, mas sei que não ficou aquela coisa de "Veja como o céu está estrelado!". Quando a gente não se importa muito com o que está ao redor, parece que ele incomoda menos: a grama não pinica, o clima fica mais agradável, o vento não é exagerado nem insuficiente.
          Eu fiquei pensando no que dizer e, ao mesmo tempo, eu não estava preocupada com o que eu diria exatamente, mas em estar ali. Dizendo besteira, dizendo o que fosse, ou não dizendo nada. A gente sempre tinha assunto, talvez até demais. Isso é reconfortante, parece ser tão ideal. E, então, o meu não saber o que dizer deixava de brilhar na minha mente: talvez o que eu não soubesse fosse o meu lugar naquilo. O meu lugar em tudo. E o não saber o que dizer deixava transparecer as reticências que me preenchiam.
          Até que eu disse "Hey, eu não sei o que dizer.", e isso foi tão porcamente sincero e não mostrou nada do que eu queria mostrar. Por trás das palavras que eu não sabia escolher, existia uma mensagem que insistia em ser pronunciada. Mas, antes das sílabas se encaixarem, eu precisava ter certeza de pelo menos alguma coisa naquela realidade tão cinematográfica.
          E sei lá quanto tempo se passou. Não farei suspense para concluir que eu não disse nada. Não disse, não disse nada do que talvez eu quisesse dizer. Mas tem coisas que parecem nos enganar: querem pular do coração para a boca, sem passar pela cabeça. Os pés têm que estar no chão - ao menos eles precisam estar a salvo... ao menos eles...
          O mais legal de tudo é que não foi uma cena romântica. Foi descontraída o bastante para poder se repetir involuntariamente quantas vezes fossem, sem se tornar clichê. E a gente fez aquela coisa de caminhar de um lado pro outro e não se encontrar. Parecia que existia uma barreira plástica que nos impedia de estar completamente no mesmo lugar - mas isso só causava mais interesse, mais curiosidade. E, por vezes, essa parede invisível filtrava algumas imperfeições. "Imperfeições... Imperfeições... Imperfeições não existem!", eu comecei a pensar. Acho que ele sempre teve acesso ao meu lado mais ou menos de ser. E talvez eu quisesse mostrar meu lado mais legal, digo realmente me esforçar.
          Para algumas pessoas vale a pena fazer algum esforço. Fato. E, de repente, foi o que ele fez também quando me poupou de elogios rotineiros, desses que qualquer um faz para qualquer uma. É engraçado pensar que talvez ele também estivesse lutando com as palavras, ou que desconhecesse seu papel em tudo. E acho estranho como eu me importo sem sofrer: de onde vem essa segurança e para onde ela vai? Às vezes, o que basta mesmo não é dizer a frase certa, mas estar presente. De corpo e alma, pés, mãos e boca. Estilo "Lei it be".




domingo, 20 de dezembro de 2009

Brothers on a hotel bed .mp3

O que eu fiquei de fazer - escrevi no último post - em uma semana foi impiedosamente deixado de lado. Eu quero dizer que não cumpri o prazo, só isso. Lá vou eu renovar meus pedidos de desculpa... Nossa, a última semana foi tão corrida e sufocante. Acabou comigo, mas anunciou o início das férias. E férias assim eu não tenho há tanto tanto tempo... Férias sem pensar em vestibular, férias sem o medo do ano seguinte, férias simplesmente com o sabor de férias. E eu andei pensando em tanta coisa. Eu odeio o Natal, odeio. Não suporto o clima de fim de ano que faz todo mundo agir como se guardasse todo o amor do mundo para essa época - e é realmente o que se faz: quem é generoso em meados de maio ou junho? Não importa... Natal é Papai Noel, presentes e prestações pro ano seguinte. Fato. Não acho graça. Eu não acho lindo o Dia dos Namorados também. E só gosto da Páscoa porque ganho chocolate. Haha. Tipo que eu devo afirmar isso aqui todo o ano, e cada vez devo parecer mais grotesca. Bah, eu tenho me encantado constantemente com a diversidade de personalidades que eu conheci esse ano. Eu conheço as pessoas, guardo uma primeira impressão delas, convivo e então crio minhas expectativas. E me diverti conhecendo gente nova, me supreendendo com velhos amigos, e adoro essa coisa de errar e acertar que envolve as relações. O que ferra com tudo é o orgulho, a falta de sensibilidade com o outro: erros são espontâneos, acontecem porque é assim que deve ser. E se aprende com eles. Pronto, a vida é bela! Sei lá, eu acho engraçadas as motivações das pessoas para fazer as coisas. Tipo escolher uma profissão ou algo assim. E acho curioso como algumas crenças da pessoa parecem se chocar com a filosofia da profissão escolhida. Isso é só um teto que eu venho observando desde os últimos anos da escola... Eu tinha curiosidade de conhecer duas pessoas da faculdade desde o primeiro dia de aula. Depois de dois semestres, acho irônico como uma delas se tornou insuportável e, a outra, muito querida. Outras surpresas também aconteceram - a gente sempre pensa que, no fundo, tudo é bom porque a gente cresce com isso. Não vou dizer que não concordo com isso, apenas declarar o quanto eu fico admirada com o julgamento que fazem de mim. Muitas pessoas criam uma sensação de poder perante o que acreditam ser estratégias frustradas alheias. Ou erros, fracassos, whatever. Acho tudo válido quando se mantém em silêncio - não entendo, porém, aqueles que me cobram "respeito" ou atribuem a mim uma série de qualidades equivocadas. Como se eu tivesse que ser necessariamente "hipócrita" por agir de uma forma ou outra... lamentável. Se existe o desejo de uma resposta, que seja feita a pergunta de uma vez - acusações para quê? Para quem? Enfim, acho tenso. E eu acho funny como o machismo atua em certas situações... por que as garotas devem chorar, não podem erguer a cabeça? Claro, isso já soa como bobagem para muita gente. Mas ainda há quem pense assim (e estão soltos, oh céus!). Outro dia eu estava no shopping, comendo massa e pensando na vida: coisas egoístas de se fazer em fim de semana, quando as pessoas passeiam com bandejas procurando lugar para se sentarem. Eis que a lady que estava comigo reclamou que eu estava apoiando a cabeça na mão que segurava o garfo, e ficou uma cena esquisita ("oi, tem um garfo saindo da minha cabeça"). "Ivy, o que os outros vão pensar? Isso é feio." Sabe... realmente. O que os outros pensariam? Eu me pergunto que porra os outros iam pensar se me vissem ali com o garfo tão perto da minha bochecha direita. São respostas que a vida não vai te dar, que você terá de buscar sozinho, entende? Eu acho extremamente desprezível esse pensamento. Eu li uma crônica sobre isso uma vez, em que uma mulher com uma criança, na fila de um banco, desaprova o comportamento do gurizinho e olha para a moça da frente dizendo "o que a moça vai pensar?". E a moça se vira e diz "não vou pensar nada.". Não parece muito emocionante a historinha, mas eu acho genial. E isso me lembra como muitos pais buscam educar os filhos mais velhos incentivando-os a darem "bons exemplos" aos menores. Ninguém tem obrigação de dar bom exemplo, ninguém. Eu sou uma desgraçada que gosta de reparar na cara de todo mundo, na bainha da calça - que o cara fez com o grampeador -, nos pés inquietos das pessoas das salas de espera... mas 'e aí?', grande merda! E acho que todo mundo deveria pensar "grande merda" também. Penso que isso diminuiria também certos preconceitos e as tentativas toscas de chamar a atenção que alguns indivíduos têm. E ninguém perderia nada com isso, pelo contrário. Isso me lembra quando eu vou comer comida chinesa sozinha. Eu uso hashis (pauzinhos e tal). Hoje, eu sou uma pessoa feliz em usá-los, mas é óbvio que não foi sempre assim. E eu acho engraçado como as pessoas-com-garfo olham para as pessoas-com-hashi. Fiquei com preguiça de comentar toda a interação... mas é impagável. E lembra um pouco o ambiente pré-show de dança do ventre. Eu já conheço bastante gente do estúdio onde eu tenho aulas, então quando todas as alunas se encontram fica fácil reconhecer quem é iniciante ou enfim. E eu ouvi de várias ladies como é realmente aparente a hierarquia que existe, alimentada pelas pessoas que entraram há pouco tempo e acreditam que conforme o tempo tua barriga diminui e teu ego infla. Pode acontecer, mas não é o que geralmente acontece... nem um nem outro. Bastidores, nessas situações, são coisas tão positivas: mil mulheres trocando elogios, maquiagem, falando porcaria e se achando bonitas. Enfim, é algo bom e saudável (redundante?!). Ainda na linha "o que os outros vão pensar", fiquei pensando em situações inesperadas, tipo cruzar na rua com alguém que está chorando. Não lembro da última vez em que estive nessa situação, mas há pouco tempo me acometi de um sentimento blé e emo e fiquei mostrando lagriminhas em público. Haha. Tipo que eu estava na parada de ônibus e as pessoas recuavam uns passos e ficavam me observando. Achei aquilo engraçado. Depois, na lotação, as pessoas olhavam para o banco vazio no meu lado e vinham correndo sentar, daí do nada resolviam que o melhor lugar era aquele lá do fundão. Não que eu pense que tenha movido o mundo com isso, mas achei realmente tetiante. Gurias chorando, em especial, são cenas perturbadoras. Irritantes, às vezes, principalmente quando são contínuas... mas, enfim, perturbam mesmo. Acho que isso se relaciona com o leque de infinitas e aleatórias possibilidades de razões. Garotas são confusas. Mesmo. Não vi muitos homens chorando, mas pelo menos os motivos deles parecem mais "certos" (definidos). A tristeza deles parece mais razoável. Mudando totalmente o rumo do assunto... nossa, eu me sinto tão Ivy! Tão Ivy. Adoravelmente imperfeita e feliz e zaz. Realmente, o importante é a gente se reconhecer. Se reconhecer e ser capaz de assumir nossas ações. Pronto. Aprovação é um assunto limitante. Você gosta dos seus amigos do jeito que eles são, e nem sempre o jeito se mantém. E nem assim o afeto vai embora. Eu gosto da certeza das amizades, realmente gosto. É o que me faz admirar mais esse tipo de relacionamento do que algum dito "mais sério". Claro que o envolvimento é diferente, mas ah... puxa, eu detesto a classificação toda. Eu não "fico por ficar", como diria alguma revista feminina para adolescentes bregas. Eu fico perto de quem eu gosto, pra mim funciona desse jeito. E é essa proximidade que justifica tudo, não um status diferente no orkut ou um anel no dedo. Que se explodam os anéis e toda essa simbologia, se a moral de tudo é acabar com um contrato de amor eterno. Eu não prometo nada a ninguém, não sei quem vou amar amanhã e nem quero saber. E que bom seria se todos fossem livres e desprendidos. Acho tão puro e tão bonito o 'medinho' de perder. Constância é tão não-afrodisíaco. E eu gosto de poder ser eu: vestir o que eu quiser, falar a merda que eu quiser, cantar como eu quiser. Meus amigos me respeitam, acharia engraçado que alguém com a pretensão de superá-los não fosse capaz disso. Enfim. Em poucos dias, será Natal e chega 2010 e toda aquela baboseira de que tudo será diferente. Eu sempre faço um post-de-fim-de-ano reclamando sobre como isso é clichê e não pretendo mudar a rotina dessa vez. Abaninhos para vocês, tá muito calor para dar abraço!





Vontade de postar mil músicas aqui, mas isso seria bananice. Acho que vou voltar a criar "Top 5's". E ainda tenho que colocar tags nos posts antigos, oh meu deus!


quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Guess I'm Doing Fine

Oi, voltei. Nossa, não faço idéia do que as pessoas andam escrevendo, nem lembro quando foi a última vez que eu escrevi. E, putz, não respondi algumas mensagens e me sinto tão culpada! Eu vou fazer isso semana que vem, e pedir as devidas desculpas. Sei lá. Eu acho engraçado como o blog se tornou parte da minha vida. Hoje tive meus momentos bregas e meus momentos de impaciência. E, apesar de morrer de vergonha pelas tempestades em copos d'água completamente desnecessárias, elas foram úteis para eu ver coisas que dificilmente em outras situações eu veria. É tão bacana quando se percebe que existem pessoas bacanas. Não que eu duvidasse disso, ou que eu ignorasse a bacanisse de pessoas que são queridas pra mim. Enfim, foi só um comentário. E não queria que ele fosse mal interpretado. Nossa, eu tenho dormido tão pouco, e lido e feito tanta coisa para a faculdade. E, no fundo, essa falta de tempo tem sido tão proveitosa. Minha turma está tão unida e as pessoas, em geral, têm se doado tanto. Eu não sou recordista de momentos felizes na escola, então me emociono quando as coisas vão bem. E, nesse quesito, vão realmente bem. Descobri um mundo musical que me deixa "esperneando", sei lá. Porque eu gosto das músicas desse mundo que eu conheço, mas elas representam uma parcela ínfima de tudo, e isso é meio assustador. Eu odiaria ter que dizer "é só música", porque não é "só música". Música nunca é "só música". E eu defenderia isso com todas as notas que eu não sei e palhetas que eu não tenho. E eu devo ter, mas estão por aí. Tipo o meu D12 roxo, que eu não lembro de ter efetivamente usado. "Efetivamente". Sabe, essa é uma palavra que eu acho gozada. Tenho uma professora que fala isso freqüentemente, e sempre que ela fala eu esboço um sorriso e fico pensando o que exatamente significa isso no contexto. É que tem palavras que, se a gente for pensar, não acrescentam nada. Mas isso é triste demais para esse horário. Ah, eu estou encantada com o universo das diferenças. Um encanto bom e ruim ao mesmo tempo. Fico feliz que todos não sejam da mesma maneira. Cheguei não faz muito tempo da aula, e hoje conversamos muito sobre segunda e terceira infâncias. As aulas dessa disciplina tendem a ser as mais divertidas. Falar de criança é divertido, gostando delas ou não. E a gente sempre percebe que continua agindo meio infantilmente às vezes. Ainda bem. Na minha vida pessoal, eu tenho encontrado algumas dificuldades não exatamente comuns, eu acho. Não que eu pense que todos os relacionamentos interpessoais são óbvios, mas acho engraçado como os meus problemas soam incomuns. Falei isso por falar, porque não faz sentido eu discutir isso aqui. Não é o caso de discursos do gênero "como eu sofro" - quanto a isso, todo mundo sempre pensa que é a vítima mais infeliz da história e, no fundo, cada um está certo à sua maneira. E chegou mais uma fase de crise de cabelo da minha pessoa. E, nessas horas, a gente sempre tende a encontrar na rua pessoas que recentemente se tornaram ex-cabeludas e coisas do gênero. Ora, é só mais uma mulherzite. Falando em mulherzite, eu estou também naquela fase de profundas reflexões a respeito de decisões passadas. Parte da minha biografia é inexplicável por definição. Nem eu mesma sei definir o que eu sinto ou penso algumas vezes. E esse ano está tão longo, tão longo. Para mim, quando mudou o semestre, mudou também o ano. E é meio assustador pensar assim. Me dei conta de que não vi setembro passar, nem outubro, nem novembro. E isso não quer dizer que eu não tenha aproveitado: pelo contrário, eu tenho me sentido incrivelmente útil. Tão útil que não dou conta de tudo que há pra fazer... mas, ok, eu tenho tentado. Vi filmes tão legais, e comprei tantos livros, e tive conversas maravilhosas. Acho que eu sou apaixonada por risada. Vence a melancolia da solitude, a beleza daqueles silêncios de pôr-do-sol. Mesmo que palavras não sejam necessárias às vezes, mesmo que os gestos criem histórias... mesmo com tudo isso as risadas têm o seu valor. Ah, se têm! Uma amiga minha dizia que, antes de qualquer coisa, buscava alguém que a fizesse rir. E, é verdade, isso é genial. Sabe, é impossível ser feliz sozinho. É realmente impossível ser feliz com essa pretensão. Se, por agora, eu não vejo a hora de ver o ano acabar, de entrar em férias e etc. e tal, é porque eu realmente estou ansiosa para aproveitar ainda mais. É a velha história: não importa o que será feito, mas todas as outras variáveis. Se chove, tem seu charme. Se chove muito, se torna engraçado. Se chove muito, mas muito, e a gente pega um resfriado, sei lá. Mas vale a pena igual. Tenho pensando um monte na consistência das minhas reclamações (?!), e eu acho que a essência da coisa é realmente senso de humor. Eu sei que parece não fazer sentido. No fundo, eu acho natural não gostar das coisas e querer exprimir isso. Chato é bancar o legal e fingir que está tudo bem. Enfim. Eu quero ver se escrevo um monte agora... sim, eu disse isso para umas pessoas há uns meses e foi a mesma coisa que nada. Mas eu ando empolgadinha e com mil teorias falidas para explicar o mundo. Acho que parte de mim realmente é meio Bob e anda de bicicletinha vermelha pela casa.