domingo, 20 de dezembro de 2009

Brothers on a hotel bed .mp3

O que eu fiquei de fazer - escrevi no último post - em uma semana foi impiedosamente deixado de lado. Eu quero dizer que não cumpri o prazo, só isso. Lá vou eu renovar meus pedidos de desculpa... Nossa, a última semana foi tão corrida e sufocante. Acabou comigo, mas anunciou o início das férias. E férias assim eu não tenho há tanto tanto tempo... Férias sem pensar em vestibular, férias sem o medo do ano seguinte, férias simplesmente com o sabor de férias. E eu andei pensando em tanta coisa. Eu odeio o Natal, odeio. Não suporto o clima de fim de ano que faz todo mundo agir como se guardasse todo o amor do mundo para essa época - e é realmente o que se faz: quem é generoso em meados de maio ou junho? Não importa... Natal é Papai Noel, presentes e prestações pro ano seguinte. Fato. Não acho graça. Eu não acho lindo o Dia dos Namorados também. E só gosto da Páscoa porque ganho chocolate. Haha. Tipo que eu devo afirmar isso aqui todo o ano, e cada vez devo parecer mais grotesca. Bah, eu tenho me encantado constantemente com a diversidade de personalidades que eu conheci esse ano. Eu conheço as pessoas, guardo uma primeira impressão delas, convivo e então crio minhas expectativas. E me diverti conhecendo gente nova, me supreendendo com velhos amigos, e adoro essa coisa de errar e acertar que envolve as relações. O que ferra com tudo é o orgulho, a falta de sensibilidade com o outro: erros são espontâneos, acontecem porque é assim que deve ser. E se aprende com eles. Pronto, a vida é bela! Sei lá, eu acho engraçadas as motivações das pessoas para fazer as coisas. Tipo escolher uma profissão ou algo assim. E acho curioso como algumas crenças da pessoa parecem se chocar com a filosofia da profissão escolhida. Isso é só um teto que eu venho observando desde os últimos anos da escola... Eu tinha curiosidade de conhecer duas pessoas da faculdade desde o primeiro dia de aula. Depois de dois semestres, acho irônico como uma delas se tornou insuportável e, a outra, muito querida. Outras surpresas também aconteceram - a gente sempre pensa que, no fundo, tudo é bom porque a gente cresce com isso. Não vou dizer que não concordo com isso, apenas declarar o quanto eu fico admirada com o julgamento que fazem de mim. Muitas pessoas criam uma sensação de poder perante o que acreditam ser estratégias frustradas alheias. Ou erros, fracassos, whatever. Acho tudo válido quando se mantém em silêncio - não entendo, porém, aqueles que me cobram "respeito" ou atribuem a mim uma série de qualidades equivocadas. Como se eu tivesse que ser necessariamente "hipócrita" por agir de uma forma ou outra... lamentável. Se existe o desejo de uma resposta, que seja feita a pergunta de uma vez - acusações para quê? Para quem? Enfim, acho tenso. E eu acho funny como o machismo atua em certas situações... por que as garotas devem chorar, não podem erguer a cabeça? Claro, isso já soa como bobagem para muita gente. Mas ainda há quem pense assim (e estão soltos, oh céus!). Outro dia eu estava no shopping, comendo massa e pensando na vida: coisas egoístas de se fazer em fim de semana, quando as pessoas passeiam com bandejas procurando lugar para se sentarem. Eis que a lady que estava comigo reclamou que eu estava apoiando a cabeça na mão que segurava o garfo, e ficou uma cena esquisita ("oi, tem um garfo saindo da minha cabeça"). "Ivy, o que os outros vão pensar? Isso é feio." Sabe... realmente. O que os outros pensariam? Eu me pergunto que porra os outros iam pensar se me vissem ali com o garfo tão perto da minha bochecha direita. São respostas que a vida não vai te dar, que você terá de buscar sozinho, entende? Eu acho extremamente desprezível esse pensamento. Eu li uma crônica sobre isso uma vez, em que uma mulher com uma criança, na fila de um banco, desaprova o comportamento do gurizinho e olha para a moça da frente dizendo "o que a moça vai pensar?". E a moça se vira e diz "não vou pensar nada.". Não parece muito emocionante a historinha, mas eu acho genial. E isso me lembra como muitos pais buscam educar os filhos mais velhos incentivando-os a darem "bons exemplos" aos menores. Ninguém tem obrigação de dar bom exemplo, ninguém. Eu sou uma desgraçada que gosta de reparar na cara de todo mundo, na bainha da calça - que o cara fez com o grampeador -, nos pés inquietos das pessoas das salas de espera... mas 'e aí?', grande merda! E acho que todo mundo deveria pensar "grande merda" também. Penso que isso diminuiria também certos preconceitos e as tentativas toscas de chamar a atenção que alguns indivíduos têm. E ninguém perderia nada com isso, pelo contrário. Isso me lembra quando eu vou comer comida chinesa sozinha. Eu uso hashis (pauzinhos e tal). Hoje, eu sou uma pessoa feliz em usá-los, mas é óbvio que não foi sempre assim. E eu acho engraçado como as pessoas-com-garfo olham para as pessoas-com-hashi. Fiquei com preguiça de comentar toda a interação... mas é impagável. E lembra um pouco o ambiente pré-show de dança do ventre. Eu já conheço bastante gente do estúdio onde eu tenho aulas, então quando todas as alunas se encontram fica fácil reconhecer quem é iniciante ou enfim. E eu ouvi de várias ladies como é realmente aparente a hierarquia que existe, alimentada pelas pessoas que entraram há pouco tempo e acreditam que conforme o tempo tua barriga diminui e teu ego infla. Pode acontecer, mas não é o que geralmente acontece... nem um nem outro. Bastidores, nessas situações, são coisas tão positivas: mil mulheres trocando elogios, maquiagem, falando porcaria e se achando bonitas. Enfim, é algo bom e saudável (redundante?!). Ainda na linha "o que os outros vão pensar", fiquei pensando em situações inesperadas, tipo cruzar na rua com alguém que está chorando. Não lembro da última vez em que estive nessa situação, mas há pouco tempo me acometi de um sentimento blé e emo e fiquei mostrando lagriminhas em público. Haha. Tipo que eu estava na parada de ônibus e as pessoas recuavam uns passos e ficavam me observando. Achei aquilo engraçado. Depois, na lotação, as pessoas olhavam para o banco vazio no meu lado e vinham correndo sentar, daí do nada resolviam que o melhor lugar era aquele lá do fundão. Não que eu pense que tenha movido o mundo com isso, mas achei realmente tetiante. Gurias chorando, em especial, são cenas perturbadoras. Irritantes, às vezes, principalmente quando são contínuas... mas, enfim, perturbam mesmo. Acho que isso se relaciona com o leque de infinitas e aleatórias possibilidades de razões. Garotas são confusas. Mesmo. Não vi muitos homens chorando, mas pelo menos os motivos deles parecem mais "certos" (definidos). A tristeza deles parece mais razoável. Mudando totalmente o rumo do assunto... nossa, eu me sinto tão Ivy! Tão Ivy. Adoravelmente imperfeita e feliz e zaz. Realmente, o importante é a gente se reconhecer. Se reconhecer e ser capaz de assumir nossas ações. Pronto. Aprovação é um assunto limitante. Você gosta dos seus amigos do jeito que eles são, e nem sempre o jeito se mantém. E nem assim o afeto vai embora. Eu gosto da certeza das amizades, realmente gosto. É o que me faz admirar mais esse tipo de relacionamento do que algum dito "mais sério". Claro que o envolvimento é diferente, mas ah... puxa, eu detesto a classificação toda. Eu não "fico por ficar", como diria alguma revista feminina para adolescentes bregas. Eu fico perto de quem eu gosto, pra mim funciona desse jeito. E é essa proximidade que justifica tudo, não um status diferente no orkut ou um anel no dedo. Que se explodam os anéis e toda essa simbologia, se a moral de tudo é acabar com um contrato de amor eterno. Eu não prometo nada a ninguém, não sei quem vou amar amanhã e nem quero saber. E que bom seria se todos fossem livres e desprendidos. Acho tão puro e tão bonito o 'medinho' de perder. Constância é tão não-afrodisíaco. E eu gosto de poder ser eu: vestir o que eu quiser, falar a merda que eu quiser, cantar como eu quiser. Meus amigos me respeitam, acharia engraçado que alguém com a pretensão de superá-los não fosse capaz disso. Enfim. Em poucos dias, será Natal e chega 2010 e toda aquela baboseira de que tudo será diferente. Eu sempre faço um post-de-fim-de-ano reclamando sobre como isso é clichê e não pretendo mudar a rotina dessa vez. Abaninhos para vocês, tá muito calor para dar abraço!





Vontade de postar mil músicas aqui, mas isso seria bananice. Acho que vou voltar a criar "Top 5's". E ainda tenho que colocar tags nos posts antigos, oh meu deus!


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