eu fiquei escrevendo um texto, que eu vou postar outro dia. ando tetiando bastante e ele é reflexo disso, apesar de ser mais um daqueles casos de histórias que não acabam nunca e rendem trocentos posts (eu espero). é, eu acho que não aprendi a finalizar coisas. enfim. eu escrevi só um pedacinho, na verdade. esperei dias para ficar com o computador só pra mim no horário que eu gosto de escrever (perto das 23 horas) e, agora que eu consegui, a vontade de ficar trocando de músicas e remexendo meu orkut foi maior. é verdade, eu devo escutar a mesma coisa de anos atrás. a lista cresce, mas não muda. eu já tinha notado isso - quer dizer, eu sempre soube disso -, mas acho que nunca comentei (até porque não tem necessidade...), mas eu levanto freqüentemente da cadeira do pc. o nome do meu problema não é hemorróidas, mas vergonha. tanto vergonha alheia quanto vergonha por mim mesmo. digo, é como se o monitor fosse alguém ou sei lá, daí quando acontece qualquer coisa (qualquer coisa mesmo) que me deixe encabulada eu levanto e vou até a janela ou fico andando de um lado pro outro na cozinha. se eu estou sozinha em casa daí eu faço mais uma voltinha. quando a vergonha vem de algo que, ok, é bom, eu chego a andar saltitando e fazendo aquelas coisas bestas que a gente vê em filme. tá, esse é meu atestado de normalidade, porque eu realmente acho que todo mundo faz esse tipo de coisa em casa. ou não, vai saber. mas o fato é que eu demorei umas 3x mais para reler uns depoimentos, porque morri de vergonha e fui passear. nossa, eu não tinha me dado conta, mas eles são realmente parecidos em geral. digo, a maioria aponta para "a ivy é companheira. já fomos mais próximos, né?" e eu fiquei pensando que, oh meu deus, eu não sei manter amizades. quer dizer, elas se mantêm sozinhas (a prova disso é que eu não faço nada e tenho amigos (?) ), mas mesmo assim... tudo bem que existe sacanagem ali no meio, digo discurso cínico e essas coisas, porém o fato é que eu realmente tenho o dom de me afastar de todo mundo. ainda não é o caso de 'cada um tomou seu rumo na vida', porque na época o único rumo que todos tínhamos era o mesmo endereço toda a manhã. olhando por outro lado, sei lá, não sei como funciona um grupo sem tantas afinidades. digo, essas coisas "superficiais" acabam influenciando bastante o tipo de 'passeio' que se faz e a direção que a conversa vai tomar. ok, foi só uma relfexão passageira. seria engraçado reencontrar algumas pessoas, sabe, depois de ler o que eu li. na minha idade (em torno disso), as pessoas têm mania de tornar os problemas maiores do que realmente são, mas não é exatamente sem fundamento ou por imaturidade que isso ocorre. tem coisas que eu não gosto de dizer porque de repente soa meio angelical ou parece meio lição de vida da sessão da tarde, mas eu realmente me preocupo com o coletivo. por menos claro que isso fique. isso não tira meu fardo das costas, mas enfim. na verdade metade do meu fardo vem disso - porque se eu realmente não me importasse não seria assim. eu não repetiria muita coisa. e, sabe, as pessoas têm um hábito estranho de relacionar sinceridade com tragédia... no mínimo, eu acho isso engraçado. quer dizer, é que sempre que alguém preza muito por isso é sinal de que ele é muito desconfiado e acredita fielmente na idéia de que o mundo pode acabar a qualquer momento (metaforicamente). um dia eu queria ouvir as desculpas merecidas que nunca chegam. sabe, isso enche o saco. vou desistir das pessoas, se eu conseguir. esse é um dos raros momentos em que eu estou orgulhosa de mim - mesmo depois de afirmar que eu pulo pela casa e corro de volta pra frente do monitor.
sexta-feira, 23 de janeiro de 2009
Sobre vergonha e outros sintomas
Assuntos:
coisas aleatórias,
não-ficção
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4 comentários:
ai Ivy, não desiste das pessoas não.
Eu tb tenho vergonha alheia, e dou muita risada quando fico encabulado. E fecho os olhos de maneira engraçada, mas não dou pulinhos nem voltinhas. Mas costumo mexer a cabeça de modo singular =D
manter as amizades é algo meio dificil qdo elas não convivem na mesma rotina, mas quem realmente gosta de vc, sempre se mantém por perto. Seja apenas virtualmente XD~
e não desiste das pessoas [de novo]!!!
*Mesmo que seja apenas", digo.
=***
" um dia eu queria ouvir as desculpas merecidas que nunca chegam. sabe, isso enche o saco. vou desistir das pessoas, se eu conseguir. "
eu juro que não lembro de ter escrito isso. só lembro de ter pensado na primeira frase.
*medo*
(*muito medo*)
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