Eu fiquei escrevendo sobre a faculdade, mas no fundo eu preferia mesmo guardar pra mim algumas impressões. Quer dizer, não existe maldade ao falar sobre a minha felicidade infantil em ter aula de filosofia (lógica é tão legal!) ou sobre a primeira fuckin aula (eu quis dizer aula de verdade, sem aquelas baboseiras de apresentação), mas não falar de acontecimentos e tentar expressar idéias aleatórias me parece mais proveitoso, como já pareceu num passado não muito distante. Ok, só vou dizer que me senti meio infeliz tendo que responder perguntas do tipo "porque você quer cursar psicologia?", que por sinal eram um tanto previsíveis. Metade dos meus colegas pretende aliar psicologia com direito - se não acabar optando por um dos dois cursos; dois se interessam declaradamente por biologia forense, assassinos em séries, essas coisas; vários nem querem ser psicólogos. Hoje eu comprei um livro que me deixou feliz de saber que ele existia, sobre Beatles e filosofia. Não, eu não vou virar uma chata que só fala de filosofia (até porque eu falo de vários assuntos, huhu). O que eu sei é que as aulas vão me render milhões de tarefas, mas também boas e longas reflexões. Sério, é muito legal falar de coisas que, de modo menos aprofundado, eu poderia conversar com meus amigos. O "menos aprofundado" se deve à ausência de um professor de verdade na conversa... Não é o tipo de resposta que se dê, mas eu realmente gosto de psicologia porque eu acho que isso é totalmente fundamental. Sabe, é conhecer gente, conhecer o ser humano. Talvez não seja de interesse comum estudar Transtorno Obsessivo Compulsivo e outras psicopatologias, mas o resto das coisas é tão interessante e bonito. Tudo bem, eu tenho essa mania de querer achar motivo para tudo, procurar mensagens subliminares e etc, mas eu não entendo como alguns tópicos não são simplesmente conhecidos por todo mundo. Eu falo isso como uma não-conhecedora mesmo, que se revolta mas também se sente privilegiada de poder ter acesso a informações que, no fundo, podem falar muito de um pedaço de qualquer um. Eu não sei promover exatamente a psicologia, uma vez que existe um leque de cursos muito mais específicos e, aparentemente, úteis, mas eu realmente acredito no poder de conhecer a mente. É claro que os instrumentos acabam parecendo um tanto vagos para a diversidade de cabeças pensantes, mas com atenção e dedicação se conseguem resultados muito satisfatórios. Antes de desviar o rumo do texto, eu falava sobre coisas discutíveis entre amigos. Sei lá, a aula de hoje me fez pensar em Elizabethtown (a cena da Claire na banheira, falando no telefone - ui) e Engenheiros do Hawaii ("quem são eles?"). É legal se abrir para a visão das outras pessoas sobre a influência do meio, da sociedade, no indivíduo. "Como você sabe que você é você?". Por um ou dois segundos eu cheguei a pensar que eu adoraria receber dinheiro para passar a vida gerando essas discussões. O resto do tempo eu gastei observando as pessoas ao redor. É meio estranho estar entre estranhos num ambiente estranho onde tudo é novo. Os veteranos têm sido bem legais com a nossa turma - inclusive ainda é meio difícil diferenciar quem é bixo e quem já estava por lá. A idéia é não se fechar em 'pré-conceitos', relevar a primeira impressão quando ela é negativa e procurar buscar qualidades nas diferenças. Realmente, psicólogos são estranhos.
ps: FUSCA P é o apelido de UFCSPA que não pegou.
ps2: não fui eu que inventei.
quinta-feira, 5 de março de 2009
FUSCA P
Assuntos:
não-ficção
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
e eu imagino porque será que "FUSCA-P" nao pegou...
Postar um comentário