quinta-feira, 2 de abril de 2009

(esqueci de botar título)

"Let's get together before we get much older..."

Ouvindo musiquinhas ótimas por sinal. Aiai, estou finalmente escrevendo. Não que eu seja uma pessoa tão responsável, mas andei bem ocupada nas últimas duas semanas [?]. Aconteceu tanta coisa, tanta coisa... E, finalmente, minhas aulas teóricas da auto-escola acabaram! Eu vou dormir meio tarde, até porque não consigo dormir "cedo" (e, no fundo, eu nem me esforço porque eu gosto de dormir tarde), e acordar antes das sete para enfrentar umas horas irritantes não é muito agradável. Não que isso seja um grande problema, mas eu particularmente não entendo o "porquê" de algumas pessoas. Tipo as velhas que vão nas aulas da auto-escola para se fazerem de moderninhas taradas ou os tios que vão lá brincar com a instrutora - mas, ainda eles, são mais compreensíveis. Quando eu fico um tempo sem postar - e quand
o eu não fico também - eu me sinto meio obrigada a ficar falando da minha vida. No fundo, seria engraçado contextualizar tudo, mostrar porque uma coisa eu disse de um jeito e não de outro - coisas assim -, mas quando tudo se torna fácil não fica tão legal. E pouco importa quem sou eu nessas historinhas fictícias. Sabe, me apresentaram músicas realmente muito boas. Eu fico realmente feliz 'com um repertório novo'. Ultimamente e mais do que nunca eu ando muito musical. A faculdade está engraçada... digo, é o primeiro semestre e algumas disciplinas ainda parecem não ter muito propósito. Mentira, não é essa a minha idéia. Só me deprimo quando vejo um ou outro professor que, pelo menos por mim, não se deixa ser muito respeitado. Quer dizer, eu só estou com a terrível visão da roupa bizarra que uma professora usou ontem. Enfim. Grande merda. Eu conheci gente legal pra caramba (eu nunca falo "pra caramba"). Também conheci pessoas que me deixam sem saber como reagir exatamente. Estou praticando aquilo de afastar minha visão inicial das coisas, a fim de não alterar o resultado - mas eu não tenho culpa se eu tenho intuição. Aqui isso não vai aparecer (não enquanto eu escrevo quase como se eu estivesse conversando), mas eu tenho uma neurose com Português. Nem sei se deveria chamar de neurose. Eu não durmo feliz se não arrumar as vírgulas de uma frase ou deixar que palavras iguais sejam visíveis aos olhos na mesma página - entre outras manias de gente que se desconcentra facilmente. Eu não era assim, "desconcentrada" - ah, também não acho que seja essa a moral da história também. Eu estou com crise de quarto. Haha. Tipo "ninguém entra aqui até eu decidir o que eu faço com ele". Nada tão grave, só estou pensando bastante no assunto antes de sair comprando coisas aleatórias (vide randômicas). Ontem, voltando pra casa de noite (falei isso pra dar um clima adulto, mas a verdade é que eu volto de van com umas meninas da aula), rolou uma semidiscussão sobre gays e etc. Na verdade, quando eu sentei no banco, me deu um tique (Tourette?!) e eu fiquei xingando um colega meu que eu acho um bundão. Super sincera. Não que eu admire esse tipo de atitude, mas eu fiquei realmente blé com um trabalho que a gente fez ontem. Mesmo não tendo nada a ver, no grupo de uma colega minha rolou a tal discussão sobre os gays. Eu não estava tão afim de argumentar com ela nem com ninguém, então fiquei ouvindo as observações. Sem maldade, só achei engraçado escutar que todos os gays são "mulheres num corpo com pinto". A guria defendeu isso arduamente, falando de genética e de como tudo é pré-estabelecido antes mesmo do bebê passar pelo túnel de luz (?). Ok, nada exagerado assim: ela só ficou se afirmando com base na idéia (provada?!) de que o homossexualismo é diretamente relacionado com o nível de testosterona do organismo. Ninguém disse nada em resposta, então começou a parte caridosa do assunto, onde se chega ao consenso de que deve ser complicado ter filhos gays. Ah, eu gosto desse assunto, é por isso que eu sempre falo disso aqui. Eu gosto de ver a visão das outras pessoas. Elas, às vezes, me parecem tão graciosamente inocentes. E, por sinal, não sei se estou me entendendo com a cadeira de Libras. Não vou ter oportunidade de conhecer o professor antes do período de cancelamento (é, pensei nisso) das eletivas, mas acho que vou investir mesmo assim. Mas já comecei a coisa meio contrariada: eu detesto como as pessoas adoram esses títulos, tipo "especial", para deficientes. Houve uma tentativa de fazer com que víssemos os surdos como pessoas que falam outra língua simplesmente, desprezando a idéia de que existe uma deficiência. Eu acho isso hipócrita. Eu não estou dizendo com isso eles são inferiores ou nada assim, só não concordo com essa idéia de amenizar o que não pode e nem precisa ser amenizado. Eu não sou a favor da "oralização obrigatória", não sou nenhuma carrasca, mas pra mim os surdos são deficientes auditivos e deu. São gente como a gente. Como eu, que uso óculos porque tenho uma deficiência também. Enfim. Acabei falando mais do que queria. Eu fiz outro Flog (eu não simpatizo mais com essa palavra), porque eu tenho necessidade de postar todo dia. Imagem e musiquinha, acho que todos os dias merecem. São inspiradores. É, meio estranho eu falar isso, a Sra. Pessimismo quase... Um dia eu fui assim; acho que suavizei bastante. Lembrei que eu tenho até trabalho escrito de dança do ventre pra fazer (?). Tá, chega, ninguém merece mais blablablá.


2 comentários:

Guilherme Gomes Ferreira disse...

aiai...

há poucas horas eu te mandei um scrap no orkut perguntando como estava sua vida universitária, e eis que me deparo com uma narrativa doce sobre como andam seus dias ultimamente...

acho que deu pra sentir até o vento que soprou no teu rosto nos últimos dias (mas eu sempre digo que sou apaixonado pela forma como tu escreve, então, vamos para os comentários do post:)

eu acho super legal também ouvir o ponto de vista das outras pessoas, construir um diálogo e um novo raciocínio a partir da experiência dos outros. Acho isso muito rico. Mas se eu estivesse na sala de aula no momento que a sua colega disse isso, eu diria pra ela que não me sinto uma mulher, muito pelo contrário, ashauhsaushaush

e eu acho fascinante a lingua de sinais, mas como vc, nunca esqueço que por trás disto existe uma deficiência, que muita gente exclui os deficientes, etc. etc. Mas também acho que a língua e o modo de comunicação dos surdos-mudos são uma cultura que eles gostam de preservar. Como é o caso de familias que optam pelos filhos (quando possível) não fazerem tratamento para curar a deficiência, e mantém-os surdos para "perpetuar" a cultura deles. Não sei se eu concordo com isso, ainda não tenho uma opinião bem definida.

Beijo, Ivy Ivy!

Grazi disse...

Nossa Gui, tu fala heim?
Adorei seu blog, mesmo, de verdade e gostei muito da maneira como vc escreve[2x], então com licença, estarei aqui te visitando diariamente, verificando novos posts.

Posso adentrar sua 'casa'?!
Beijo Grazi