- Ellen?
- Eu conheço seus olhos.
- Como?
- Eu conheço seus olhos.
- Conhece, é? Intuição feminina?
- Destino. Sonhei com eles ontem.
- Mas... eu não sei nada sobre você. Fomos apresentados há tão pouco tempo...
- Tempo é uma coisa que realmente não importa.
- Você parece gostar de chá de canela.
- Viu, você conhece parte de mim. Eu não estava errada, você é mesmo especial.
- Mas várias pessoas gostam de chá...
- Me diz então que eu sou uma estranha, uma desconhecida. Diga que não sentiu nada.
- Mas eu... eu não quero dizer isso.
- Não seja por isso, eu sou forte.
- Mas...
- Não é verdade, né?
- Não sei. Eu achei que fosse só comigo isso...
- Olha, eu também estou apavorada. Mas é você, é você mesmo. Você é o cara do sonho.
- E como era esse sonho?
- Real.
- Você está com medo?
- Não sentirei medo, desde que você diga que está comigo.
- Mas eu não sei quem você é...
- O que importa, Eric? O tempo não importa...
- Não sei o que dizer, já não entendo o que é isso.
- Mas, pelo menos, concorda que existiu uma atração..?
- Ei, isso é pedir demais.
- De quanto tempo você precisa para pensar?
- Quanto tempo você está disposta a esperar?
- A eternidade.
- E seus medos?
- Você está comigo.
- Você sente?
- Sinto tudo o que você sente.
- Então me ajude a entender. Eu tenho medo.
- Você também sonhou?
- Com seus olhos. No sonho eles pareciam tão ingênuos e pacíficos... agora só me causam frio, me deixam nervoso.
- Isso é ruim?
- Não, é incrível. Parece tão contraditório, mas é uma sensação boa.
- Eric, você tem certeza?
- É tudo o que tenho.
- Talvez você tenha bem mais do que isso...
- O que eu quero são mais do que palavras.
- Você tem certeza?
- Acho que sim... sim, estou certo.
- E o medo?
- Talvez, se fechássemos os olhos, o frio passasse...
- É, você me conhece bem.
- Isso é um sonho?
- Realidade.
- Você gosta do que sente?
- Gosto de você.
- Estranho... você nem me conhece.
- Temos todo o tempo do mundo para nos conhecermos.
- É verdade... É, sim. Eu sei disso.
- Ei, o que você está fazendo?
Cala a boca.
...
quinta-feira, 31 de maio de 2007
Sintonia. ^^
quarta-feira, 30 de maio de 2007
Literatura
Na verdade eu estou longe de ser um bom exemplo - talvez até por isso eu não me importe em cometer certos erros. Nesse momento, minha mãe deve estar conversando com minha psicóloga, enquanto eu suspiro pelo fim das provas da escola e coisas assim. Na verdade tem Simulão sábado e eu vou estudar alguma coisa daqui a pouco, mas senti bastante votnade de escrever. Eu não gosto de como esses textos daqui andam longos e subjetivos, mas enfim. Existe um considerável número de pessoas especiais que já se interessaram por um post ou outro, o que me deixou bem feliz na verdade.
Eu ando sem paciência para ler livros - ainda mais de ficção - do início ao fim, até por isso tenho procurado alguns livros que são estruturados de modo diferente... Tipo um de pensamentos soltos, do Pascal. Sim, o carinha das fórmulas matemáticas. Matemáticos são caras muito legais, por sim. Eu adorova as aulas filosóficas de matemática do ano passado (ou retrasado)... e é uma matéria que - cortando a parte de gráficos relacionados com circunferências - me interessa horrores. E eu nem sou uma aluna exemplar nisso, mas eu me emociono um monte. Por mais que eu saiba que Baskarah será inútil no resto da minha vida, eu acho super importante a evolução do raciocínio que a matemática oferece.
segunda-feira, 28 de maio de 2007
O Apanhador No Campo De Centeio
http://www.digestivocultural.com/colunistas/coluna.asp?codigo=633
http://www.screamyell.com.br/literatura/apanhador.htm
sexta-feira, 18 de maio de 2007
Plural de singulares.
Freud diz - mais ou menos assim - que, a princípio, a base dos nossos medos, o modo como agiremos em frente a sociedade, o modo como lidaremos com nossos desejos... enfim, tudo isso já é predefinido na infância. Como me disse um alguém outro dia - embora fosse outro assunto - e, de fato, é verdade: as crianças não têm vergonha. No fundo elas não deveriam nem ter medo - visto que a vergonha provém deste - e sabe-se que tudo isso é imposto pelos pais e pelo mundo que as rodeia. Elas vão teimar em puxar o rabo do cachorro até que ele se revolte e morda alguma mãozinha indefesa.
sábado, 12 de maio de 2007
A fila anda.
Tudo começou quando as coisas foram divididas em setores e, estes, em subsetores: quando o tudo - massa homogênea e branca (segundo a física, o branco é a mistura de todas as cores) - ficou categorizado em pequenas e grandes parte. Surgiu a era das maiorias e minorias. Sim, senhores, isso foi horrível!
Na verdade, todo esse assunto começou a brotar na minha cabeça hoje, quando eu cruzei com a ala das revistas, num supermercado. Eu sempre lembro dum trechinho de 'Filtro Solar', em que o cara diz "não leia revistas de beleza, elas só vão fazer você se sentir feio." (acho que erra 'horrível' e não 'feio', mas enfim). Na capa dizia alguma coisa sobre moda de inverno, maquiagem, como não engordar, dicionário de sonhos, possivelmente revelações de celebridades e alguma coisa que eu não lembro, mas que na hora me deixou bem equivocada... acho que era uma daquelas listas de como se apaixonar (ou não).
Só sei que faz um tempo já que eu desencanei dessas idéias aí... Vou te dizer que o que eu gostava na famosa Capricho eram três colunistas. O Jerry, o Antonio Prata e uma mulherzinha que não me encanta mais. Eu tenho um livro dela, mas enfim. Me dava profundo nojo ver que essas revistas para garotas no fundo são destinadas para um tipo só de gente. Falam de roupas caras de algum lugar do mundo, fazem um horóscopo estranho e fazem listinhas de como ser/fazer isso e aquilo. E, ah claro!, ensinam a lidar com homens.
"Como não passar o Dia dos Namorados sozinha", "Cantadas para noitadas" e coisas assim. É estranho falar mal disso quando eu sou a rainha das classificadoras. É bem mais funcional olhar para alguém e, dependendo do que a pessoa mostra, colocá-la em algum grupo. Mas até eu sei que eu estou errada quando eu faço isso. Ah, só pra constar que eu gosto de testes de revistas e sites e qualquer lugar. Hahaha
Só que enfim... óbvio que é impossível agradar todo mundo a todo instante... mas essa coisa toda de cada um ter sua identidade acaba virando rivalidade. E o mundo está virado num daquelles trabalhinhos de pré-escola (de escolas católicas, tipo a minha)... onde as criançinhas fazem um teatrinho para pais e familiares dizendo falas cujo significado nem entendem, sobre separar o lixo e a relação disso com salvar o planeta. As pessoas aplaudem, tiram fotos, abraçam os fofinhos e vão embora pra casa contentes...
Tipo é uma merda agora. Existem revistas para lésbicas. A edição da filha da Gretchen nem chegou ao RS. Sei lá. São assuntos polêmicos e assuntos não tão polêmicos que vão sendo camuflados, contornados pelas massas da maioria. Eu sinceramente achava a coisa mais ridícula do mundo saber que existiam pessoas que deixavam de comer ou provocavam o vômito após as refeições para não se sentirem culpadas, para não engordar. Acontece que eu conheci uma guria que era praticamente incentivada a fazer isso. Enfim, eu não compro mais revistas na verdade. De nenhum tipo. Me sinto meio alienada por não ver muita tevê, nem ler ou ouvir muitos noticiários. Mas eu não preciso de alguém dizendo que bonito é ser assim.
A garota se tratou, está bem melhor. E particularmente 'gostosa'. Bem melhor do que vê-la puramente ossudinha. Na verdade eu acho que ela nem sabe que eu sei disso, porque nem somos tão próximas. Mas, de fato, é um carinho recíproco porque a gente tem um humor muito parecido e nunca discordamos em coisas realmente importantes. Caso isso acontecesse, seria total compreensível - e ninguém mudaria o jeito de agir.
Eu já cansei de discutir sobre porque eu como porcaria sem culpa - apesar de estar levemente tentando ter uma vida mais saudável. No fundo, eu odeio essa coisa machista de querer garotas com o físico perfeito. Mas a culpa não é nem dos caras, mas da mente fraca feminina. Depois dizem que garotas se vestem para elas mesmas.... mentira! Claro que existe a competitividade - e muita! - mas nada se justificaria assim... e eu não gosto muito dessa idéia de 'o outro primeiro'. A pessoa tem que, no mínimo, se dar o devido valor.
Experimenta ir numa festa arrasada. O lado emocional, quando não sofre interferência do lado racional, só faz cagada. O equilíbrio é bonitinho, mas a ausência dele é realmente 'quase-fatal'. Eu já fiz isso, já errei comigo e com outras pessoas. Tri que eu realmente melequei o assunto inicial, mas tudo bem. Se você se sente inferior você tende a aceitar qualquer coisa, ver em um 'pequena proposta' um futuro brilhante e se joga na primeira oportunidade de ser feliz que aparece. Funciona na hora, enquanto você está se distraindo... depois que você pára para pensar nas suas atitudes, daí sim...
Na última festinha meiga de aniversário que eu fui, ficaram me atormentando com quinhentas tentativas de suicídio de uma guria. Algumas babacas, do tipo realmente 'preciso de atenção, olhe para mim' (músiquinhas do Simple Plan). Outras mais masoquistas mesmo. Mas, se eu for analisar todo o contexto - e os motivos, são coisas realmente relevantes. Existem casos que eu penso 'meu deus, como isso pode acontecer'. E então e me lembro de historinhas de pobres em programas tipo o do Gugu. São as típicas coisas que eu paro para escutar, penso 'puxa vida' e não digo nada.
Eu achei infeliz me contarem toda a vida oculta de uma pessoa na festa de aniversário dela. Eu poderia ser uma qualquer que nem se importa ou, então, poderia nem ter me prestado a ouvir mesmo. Na verdade eu me senti tri incomodada, fiz comentários do tipo que não acrescentam nada à conversa e fiquei com cara de enterro um tempão. A guria apareceu depois toda sorridente e eu fiquei comendo meu cachorro-quente toda constrangida. Eu me senti bonitinha quando a família dela se referiu a mim como alguém realmente especial e coisas assim. De certa forma eu fiquei realmente feliz com isso, mas temi que alguns dos presentes na festa tivessem desfrutado do mesmo prazer. Por nada não, mas aquele lugar estava repleto de pessoas que não deveriam estar ali.
Sabe o que é enfrentar o mundo por uma amizade, dividir alegrias e tristezas, se dedicar totalmente a todas as coisas legais e sacrifícios que uma relação pode oferecer e, depois de tudo, ser obrigada a acreditar que tudo isso nunca existiu? Ah, se pá todos já passaram por isso. E traições e coisas do tipo. E isso me faz lembrar de um filme que eu vi de novo hoje. Bem babaca. "Tudo para ficar com ele" - com Cameron Diaz!
Eu sei o que o joguinho "pisa que amacia" muito bem e, de fato, é tudo uma merda. Hoje existem programas de namoro na tevê - que, por sinal, eu assisto - com o intuito de fazer as pessoas acharem suas almas gêmeas naquilo. Juuura. Gente bonita e sem conteúdo, palmas! Ou uma esperança muito da burra, mas tudo bem. Na verdade está tudo errado. O próprio ato da procura está errado. E eu sinceramente não tenho aquela imaginação de que 'beijinho em balada' evolua para namoro. Yes, eu sou careta.
As revistas treinam as garotas para serem lindas e magras e mega produzidas (tri que eu tinha uma política muito da infeliz também: "eu não conto as calorias das comidas, me nego a fazer chapinha e nunca vou chorar por homem") e, claro, usar e abusar dos famosos 'gatinhos' até chegar o dia em que você deve pegar um galinha, se apaixonar por ele, perder a virgindade, chorar porque ele era um cretino e então voltar a pisar em todo mundo. E, claro, esperar o seu príncipe encantado... que deve ter um carro, te dar flores, te incluir nos programas com os amigos dele e fazer algo meigo na praia. Sempre falam em praia, nunca vi.
A vida real não é muito diferente - mas ninguém está disposto a mudar isso. As pessoas namoram já pensando na 'próxima vítima'. Se é que não traem. E eu não tiro a razão delas, porque existe gente tão bundona que merece mesmo um chapéu de vaca, por mais imaturo que isso seja. Sim, eu já traí, muito obrigada. Pior de tudo que isso não faz de mim menos ou mais confiável ou pior ou incorreta que ninguém. Até porque eu sempre pensei que o ato de trair uma pessoa em pensamente é pior do que o ato físico. Mas enfim, eu nunca tentei dialogar isso na hora de encarar os fatos. Mas enfim, como eu disse é algo bem imaturo e hoje eu estou centrada na idéia de que uma relação bacana é baseada em sinceridade mesmo. Daí vem a confiança.
Já dizia alguém (o Renato Russo!) que 'disciplina é liberdade'. Eu concordo bastante com isso. Num filme, uma chefe de uma determinada revista falou pra colunista que antes da guria falar sobre o que ela quisesse ela tinha que aprender a falar sobre o que pedissem pra ela. Meio nada a vê parece, mas eu penso muito nisso. E isso me lembra meu profile do orkut - vip, especialmente dum trecho do livro do Apanhador... e um post desse blog aqui, cujo título é marcador de páginas eu acho. Marca-páginas. Eu sempre ponho palavras-chave nos títulos, alguma até que não fazem menção ao texto. Mas esse marcador aí existe de verdade, achei num livro que eu estava lendo na praia, esse ano. Fala um trecho que eu acho que é o que mais me marcou... sobre 'ser infiel e, ainda assim, digno de confiança'.
A minha mãe fala coisas sobre 'homens têm medo de mulher de atitude' e, de fato, existem coisas que realmente assustam qualquer pessoa, seja qual for seu sexo. Se chegar um cara pra mim todo orgulhoso porque já traiu óbvio que eu não vou dizer "pô, que legal". Mas enfim... existe um preconceito. Hahaha. Que idiota dizer isso. Mas ok, vamos mudar de assunto. Uma amiga, no carro, me perguntou sobre uma sigla que ela viu num cartaz de uma festa... GLBTS. Eu respondi, pensando porque raios ela não sabia aquilo - daí me liguei que eu tenho amigos do meio e ela não está acostumada e enfim e ficou tudo bem, e então o pai dela comçou um discurso sobre a ordem natural das coisas, alegando que não compreendia porque as pessoas insitiam em violar a natureza. Eu gosto do velho e, sinceramente, por mais 'dono da verdade' que ele estivesse parecendo, eu não saberia argumentar.
Já me ofereceram teorias científicas para a homossexualidade bastante convincentes, embora eu prefira pensar que tudo parte do lado psicológico da coisa. Eu concordo que é desprezível isso, mas eu adoro buscar no passado justificativas para as características das pessoas. Eu acho que um pai ou uma mãe ausente podem interferir muito da visão de mundo - não [só] gaymente falando. Mas eu acho uma série de coisas que nem cabem aqui agora.
No fundo, são coisas que só são encaradas desse jeito porque são da minoria. Se fosse levada a sério mesmo a idéia de que bonito é amar o próximo ninguém se importaria se o próximo é um rio, um pato ou uma pessoa manca e com dreads no cabelo do mesmo sexo. O problema está na interpretação das mensagens, em como tudo é levado ao pé da letra. "Ame o próximO, não O atual, dona Ivy".
Ninguém pensa que bonito é ser você mesmo. Todos querem mudar para todo mundo, para uma vez na vida encontrar a realização de se sentirem desejados. Mas não. A solução é se aceitar, com defeitos e qualidades, e realmente valorizar as diferenças com a mesma intensidade que damos às semelhanças. Talvez se todos olhassem um pouco mais para o próprio nariz o mundo voltasse a ser uma mistura homogênea.
sexta-feira, 11 de maio de 2007
Holden...
Ah, meu! Hoje meu dia foi bem de fracassada mesmo... prova raladinha (tá, eu não devo ter ido tão mal :/), aula estranha, educação física péssima. Eu fiquei de continuar o texto anterior... já retorno ao assunto então. Mas enfim... de tarde tive a prova do cursinho (sim, estava fácil...), mas não foi nada agradável. Muita gente, pessoas desnecessárias, mas enfim. Eu comi sorvete com a Karol e o bagulho ficava despencando da casquinha. Tipo eu me sujei toda e sujei a calça e o rosto e enfim. Áreas descobertas foram engolidas pelo chocolate e pelo sorvete em si. A Karol se melecou toda também, até ganhou um "cocô de chocolate" no tênis. (Y)
Mas enfim. Onteontem de tarde eu fiquei num momento de súbita tristeza. Cheguei a escrever, mas logo apaguei aquilo. E a internet anda me logrando aqui, então mesmo que eu quisesse muito postar nem daria. No centro, fiquei andando sozinha, olhando umas lojas. Comprei uma maleta da Betty Boop pra mãe. Tipo ela ama a Betty e queria uma daquelas maletinhas, daí resolvi unir o útil ao agradável e torrei minha grana suada (ô suada, ein). Comprei até um cartão meigo. Pela primeira vez na vida acho que acertei mesmo o presente de alguém - não fica aquele papo murrinha de "é, eu tava precisando mesmo de... de... dessa meia amarela aqui. Superfashion, amei!". Não que eu seja tão sem noção, mas dar presentes em datas não é meu forte. Eu gosto de coisas simples e meigas, do nada. Certo que meu lado emocional fala muito alto, mas enfim.
Que tri, um parágrafo que começa e termina com as mesmas palavras! Hnmm... bah, hoje eu ouvi muita música. Tipo de dez em dez segundos eu ia lá e pegava o mp3. Na verdade eu fiquei com as palavras do Shaolin e do Leitão na minha cabeça, dizendo - não no sentido xingamento, mas 'sinceramente falando' - que eu sou uma garota mimada e orgulhosa. De fato, eu realmente tenho o orgulho maior que o pinto (ashuiashsi), mas sei lá. E eu não gostei de ouvir sobre o mimada, e nem tenho uma opinião a respeito. Isso me fez pensar umas coisas nada a ve, que talvez nem um psicólogo dos chatos faria eu pensar. Entre outras coisas eu fiquei pensando que eu odeio minha mania de odiar tudo, mesmo que as vezes eu tenha razão.
Eu não deixo minhas primeiras impressões ou a opinião dos outros influenciar no jeito que eu vou tratar a pessoa. Na verdade eu só não sou muito alegre e comunicativa, mas isso não é algo tão ruim. Conheço pessoas com quem me relaciono bem que na primeira vez que falei com elas foi algo master esquisito. Tipo eu tenho realmente MUITAS neuras... pessoas simpáticas e alegres demais pra mim são umas chatas, no primeiro dia. Parece falsidade, parece que não encaram a realidade com pés no chão, parecem bobinhas. Mas pessoas pé-no-saco, tipo eu são piores: imagina alguém que vai te olhar torto por qualquer coisa estranha que você fale ou que vai ficar master mudo do nada. Sei lá. Fora as diferenças de idade... novinhos fazem eu me sentir uma tiazona, os velhos me encaram como bebê e os da minha idade são imaturos. Logo eu sou praticamente antisocial por opção.
Que ridículo! Na verdade hoje eu tive umas crises de humor muito infelizes. Me disseram que eu estava tão bem humorada. Na verdade, até certo ponto, eu me senti indiferente. Mas eu não sei porque isso. Eu cheguei em casa, depois de cruzar com o prof de matemática pelo caminho, dei um oi pra mãe e comecei a chorar muito do nada e sem motivo.
A mãe falou que isso tudo devia ser pela pressão... ela ficou falando que eu estou com a cabeça em várias coisas e que de fato isso é normal, mas que eu tenho todo o tempo do mundo, afinal eu sou novinha e coisas assim. Tá, daí ela falou dos vestivulares e faculdades dela, falou mais umas coisas e eu fiquei master angustiada. Sim, eu melhorei um monte, mas enfim. Hoje eu me senti muito inútil, tipo lutar por uma coisa e ser incapaz de alcançá-la... ou sei lá. E então eu levantei questões infelizes e fiquei desejando muito um mundo novo. Na verdade pessoas novas, para começar de novo. Levaria comigo algumas pessoas de quem eu realmente gosto. E uns marshmellows!
Bom, pelo menos eu dormi bem essa noite. Custei a dormir, na verdade, porque fiquei relembrando a tarde maravilhosa e coisinhas assim. Eu não gosto de pensar que muita coisa no passado foi em vão e que o presente deveria ter começado há mais tempo... porque se está tudo perfeito agora é porque chegou na hora certa, do melhor jeito. Na verdade isso tem sido meu porto seguro, até porque ultimamente as pessoas com quem tenho conversado conseguiram me deixar com pulgas na orelha. E só.
Preciso do cara que vai coçar minhas pulguinhas. ahuiahuis Sei lá. Draminha básico. Tri que eu to de tpm e não sei. Daííí que semana passada ficou registrado aquele assunto "garotas são cobrinhas" e coisas como "não julgue um livro pela capa". De fato, pra esse último pensamento eu tenho uma situação bem literal: o livro traduzido do The catcher in the rye, O Apanhador no campo de centeio, tem uma capinha bem das feias. Na verdade parece um daqueles livros de intercâmbio e coisas assim... cinza com o título em amarelo. E deu. E o livro é o meu favorito no mundo.
'Veronika decide morrer' quase empata... e tem vários do qual eu gosto muito. Mas enfim. Um alguém aqui e outro ali me perguntou quem era Holden Caufield (eu tenho ele escrito num profile do orkut, numa calça e em vários lugares - ui!). Certo que eu sempre digo 'ah, é um carinha dum livro aí'. E daí a pessoa pergunta qual a moral do cara e eu respondo 'nós somos iguais, ele é um rabugento que foge da escola e odeia tudo e acaba numa clínica de recuperação'. De fato eu procuro falar rindo, mas sempre que eu penso nisso me dá um frio tremendo. Eu leio ás vezes uns trechinhos desse livro e fico toda boba de novo. Mas não deveria. É tão triste.
Na verdade eu não gosto da imagem que isso pode causar. Tem um clipe do GreenDay, que tem o "Saint Jimmy", ou coisa parecida. Ele é doente, do tipo poser que se corta e picha banheiros públicos. Muita gente ama ele e eu não entendo porquê. Tipo um ídolo da garotada malvadona, sabe.
No fundo eu broxei muito quando comecei a escrever, porque eu vi que nada está saindo como eu queria. Mas eu melhorei ao falar tudo isso. Sei lá, só quero me tornar uma pessoa melhor. As vezes o ar que eu respiro me sufoca. Mas enfim... sorte minha que meus pesadelos tem intervalos que são realmente incríveis. mais post onde eu poderia ter sido meiga e não fui. Mas nem vou encanar com isso, porque o Bruno sabe o quão feliz eu fico quando eu vejo ele. Comparada a toda a coisa que rola eu me sinto tão pequenininha. Mas no sentido bom da coisa. No fundo esse drama é uma mistura de frio e saudade, porque bem no fundinho eu sei que quando a janelinha élfica do msn piscar aqui eu vou abrir um sorrisão e esquecer que meu dia não foi lá grande coisa. Ai ai...
Só não deletarei o post depois porque o blog é uma simulação da realidade (olha só, uma contradição!)... e eu tenho que mostrar que tenho minhas crises chatas e mimadas. auiahuia
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