quarta-feira, 30 de maio de 2007

Literatura

Na verdade eu estou longe de ser um bom exemplo - talvez até por isso eu não me importe em cometer certos erros. Nesse momento, minha mãe deve estar conversando com minha psicóloga, enquanto eu suspiro pelo fim das provas da escola e coisas assim. Na verdade tem Simulão sábado e eu vou estudar alguma coisa daqui a pouco, mas senti bastante votnade de escrever. Eu não gosto de como esses textos daqui andam longos e subjetivos, mas enfim. Existe um considerável número de pessoas especiais que já se interessaram por um post ou outro, o que me deixou bem feliz na verdade.
Eu ando sem paciência para ler livros - ainda mais de ficção - do início ao fim, até por isso tenho procurado alguns livros que são estruturados de modo diferente... Tipo um de pensamentos soltos, do Pascal. Sim, o carinha das fórmulas matemáticas. Matemáticos são caras muito legais, por sim. Eu adorova as aulas filosóficas de matemática do ano passado (ou retrasado)... e é uma matéria que - cortando a parte de gráficos relacionados com circunferências - me interessa horrores. E eu nem sou uma aluna exemplar nisso, mas eu me emociono um monte. Por mais que eu saiba que Baskarah será inútil no resto da minha vida, eu acho super importante a evolução do raciocínio que a matemática oferece.

Eu lembro de umas pessoas falando de matérias interligadas, da Tusnelda justificando que as notas baixas em português provém do mau desempenho em matemática... e lembro, sei lá, de personagens obsessivos. Desde que eu aprendi que 6:3 = 2 eu conto tábuas, azulejos, bolinhas e todo o tipo de coisa pelos cantos, vejo se é divisível por 5, se o número de sílabas da frase de uma música se encaixa e por aí vai. Bem coisa de quem não ter o que fazer parece, mas sei lá. Eu adoro, na verdade, quand me pego sem nada para afzer em algum lugar onde eu sou semi-obrigada a ficar sem nada para fazer, tipo a fila do caixa do banco (tudo bem, eu não vou no banco porque a minha mãe trabalha em um, mas não é o caso).
Eu gosto de sentar no sofá e olhar para os lados, pois sempre acho que nunca vi o suficiente. Isso é ruim, meio sintoma de dona de casa na hora da faxina, porque depois de um tempo tua atenção tá canalizada pro fio de cabelo no chão ou na mosquinha da parede... Mas eu nem reclamo. Se não posso ouvir música eu brinco com os dedos, fico pensando no que vou escrever no próximo post (sim, eu sou fanática), no que vou comer quando chegar em casa, sei lá...
Eu não gosto de me passar por culta ou ficar naquelas crises de underground, onde tudo o que é pop é recusado com nojo. Na verdade isso é parte do todo e, se é toda a verdade ou todo o conhecimento o que queremos, devemos absorver o máximo de tudo. Eu lembro do meu professor de teatro falando de como uma meia verdade deixa de ser verdade, em outras palavras... Você filma um acidente de trânsito, filma o cara ensangüentado, edita o filme e corta essas cenas, pois acha que são 'muito fortes'. Pronto. Você mostra o acidente pela metade... não mostra a verdade por inteiro.
E, como o Pascal (eu acho) estava dizendo, verdade é uma coisa muito particular. Sempre vai haver interferência do observador (ah, não era Pascal, era aula de literatura), uma opinião... O que ele disse é que o valor das coisas mesmo, o especial - o plus - está naquilo em que não vemos, onde está contido. A graça seria essa: não supervalorizar o momento tornando-o algo público, simplesmente vivendo-o. Porém, quando descobrimos de onde vem toda a magia, quebramos a condição disso de ser especial, então se torna uma coisa banal e sem brilho, como outra qualquer.
Eu ia postar esse pensamento no flog outro dia, mas ficou tão depressivo que postei uma coisa que me chamou mais a atenção, sobre pequenas ações e tal. Eu estava lendo agora que o que faz o homem ceder diante do Demônio e da morte é a vontade fraca. Sei lá, eu gosto dos contos de terror do Edgar Allan Poe. E gosto de mais um monte de coisa de muita gente. Eu ando lendo sobre como são formulados testes psicológicos de personalidade, critérios e tal. O que eu encontrei nesses livros são símbolos, matemática e muitos gráficos. Mas são interessantes pacas. Casualmente esse assunto anda coincidindo em vários pontos...
Eu pensei bem e, sinceramente, o Amor romântico é um saco. Algo totalmente idealizado, platônico, sofrido, triste. Corta todo o clima de realização que o Amor deveria trazer. Até por isso o Realismo é bem mais apropriado para isso... sem esconder nada, sem tirar nem por... Ver a pessoa e gostar dela pelo que ela é, não apenas pelo que ela representa. Trata-se de um bem para ela e para você, pois nenhum dos dois deve mudar seu jeito de agir, sentir... Não é preciso linguagem figuração, imaginação (que resulta da interação do sonho com o raciocínio) - existe por si só, sem precisar se estruturar por pensamentos terrenos.
Eu peguei as notas na escola ontem e fiquei bem feliz com o resultado. Me arrependo de não ter nerdiado em anos anteriores. Comprei sapatilhas, balas, fui para a aula de dança. Enfim, tem umas coisas que eu nem gosto de falar porque, sei lá, realmente não são construtivas. Eu espero que a novata realmente deseje participar das aulas, caso contrário acho que a turma afunda. As poucas mulheres que estão "dançando" vão passar um tempo na Europa e, as que vão ficar em Porto Alegre, pretendem ficar bem longe da minha cara de bunda. Eu não fico mal por isso, realmente não fico.
Mas então seguem aquelas típicas encenações sem moral nenhuma, onde 'todos contam com sua presença' e você não vê a hora de tudo acabar. Eu ouvi minha mãe falando umas coisas e juntei com o que eu li em uma Zero Hora por aí e é bem verdade: a gente é bem masoquista mesmo, porque filmes de terror nos deixam tensos e até fazem mal para o organismo. Eu fico tri nervosa com qualquer coisa, de apresentações orais e campeonatos até, sei lá, ter de puxar a cordinha do ônibus. Certo que eu teho que curar minhas neuroses. Falando nisso, roí minhas belas unhas crescidas. E, sinceramente, vou tentar seguir minha rotina de usar menos Internet, evitar pensar em fenêmenos sobrenaturais... só não queria perder o quê de astrologia. Muitos psicólogos perdem isso ao longo de seus estudos.
No mais, sei lá... continuo me irritando com pessoas que sentam do meu lado no ônibus quando existem mil possibilidades de lugar. Eu quero ter filhos com nomes antigos, ph, essas coisas... mas não sei quando terei paciência o suficiente para aturar 'crianças normais'. Na verdade um outro assunto invade a minha cabeça... mas enfim, eu seria arrogante demais se comentasse isso por aqui, então fica tudo assim. Eu abandono o romantismo, o Alvares de Azevedo e as poesias, mas o subjetivismo fica. Que coisa...

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