terça-feira, 21 de outubro de 2008

dis-simulando.


Tinha uma impressão digital aqui na tela do monitor e eu "apaguei" ela com o meu dedo. Ok, era só uma maneira interessante e monótona de iniciar um texto, que por sinal é só mais um. Mas that's ok. Eu cheguei muito acabada e me permiti parar de fazer um prova (de biologia, em que faltam umas cinco questões para acabar) e, bem, adiar as outras cinqüenta questões super gostosas de química e geografia para outra hora qualquer, quando minha cabeça estiver longe de parecer um tomate (?). Na verdade eu falei das questões mais para me satisfazer mesmo do que para para "impressionar", se é que isso cabe aqui. Eu acho que ninguém vive direito sem passar pela etapa de se descabelar pelo vestibular, mas isso é só um pensamento interno, não vou explanar o drama construtivo. Na verdade eu vou ficar falando sobre nada, até me dar vontade de parar. Eu demorei três vezes mais para chegar em casa, depois de ficar umas duas horas num hospital ouvindo sobre coisas MUITO abstratas. A experiência foi meio estranha, em parte porque foi meio difícil esquecer que as pessoas não falavam alto nem nada por quase o mesmo motivo das paredes serem verdinhas. E, por mais que eu não pensasse nisso antes, eu passei pela portinha da saída olhando para uns dois velhos que estavam ali em pé, não sabendo se eram estranhos esperando por alguém ou, enfim, por um exame ou sei lá. Isso me lembrou de uma cena, uma vez, que eu vi em outro hospital há um ano ou por aí. Mas eu não queria entrar nessa coisa de falar de ambientes que te fazem pensar ou sentir, nem sobre porque Psicologia pode ser útil. Tudo pode ser útil, não vou entrar nessas de achar o que eu gosto especial. Apesar de suspeitar profundamente de pessoas que adoram ler livros enormes e bizarros só para beijar os pés do autor, ou estudar engenharia cartográfica numa sexta à noite, mas tudo bem: existe louco para tudo - e, para cada um, um psicólogo. Digo. Ok, isso foi uma brincadeira cretina. Hoje eu usei suspensórios legais sem me sentir corcunda. Peguei o ônibus mais cheio da minha vida também, mas por incrível que pareça poderia ter sido muito pior (deve ser priminho do T4, ainda não ficou grandinho o suficiente para se comparar ao mestre). Eu já nem sei o que queria falar. Só sei que precisava escrever. É sério, tem vezes em que eu me sinto tão incompreendida. Não no sentido dramático, mas ai! Eu ainda acho que as pessoas poderiam ter mais noção do bom senso - e menos do senso comum, mas eu vou parar por aqui. Tanta gente junta não pode estar tão errada, né. Sei lá, aula de filosofia e lógica e sei lá mais o que te faz ficar meio na Lua. Teorias discutindo a possibilidade da máquina ter pensamento próprio, decisões que independem da mão do homem; determinação de limitações para conceitos pré-formados... e, nisso, a conclusão de que é praticamente impossível a satisfação com a própria autodefinição. "Definir-se é limitar-se" - quem o disse não foi gênio, só manjava de latim. Grande merda. Quer dizer, eu pago um pau para latim e certas coisas que, enfim, fortalecem algumas crenças individuais, mas todo mundo tem o direito de pensar algumas coisas aleatoriamente e não explicá-las. Eu vi Olga ontem e O Nome da Rosa (pela trigésima vez), o que me fez ficar sonhando acordada um pouco - não com o tom de fantasia da Disney, só aquilo de te roubar a atenção durante ações cotidianas, tipo lavar as mãos com água fria (e como é bom com esse calor!). Eu não gostei de algumas coisas do primeiro filme, mas elas foram minoria. Na verdade fiquei com vontade de testar de novo algumas coisas. Quer dizer, tinha toda a questão do nazismo na história e, sem choro ou algo assim tão concreto, de alguma forma eu me senti sensibilizada. Tipo que eu vi a Lista de Schindler, gostei e tudo mais mas não consegui sentir nada muito profundo. Talvez por estar acompanhada de umas trinta cabeças que não fechavam a boca (eu não lembro dos detalhes, mas bem...). E ultimamente eu tenho me deparado tanto com sirenes de ambulâncias e carros da polícia e afins, e isso me deixa meio perturbada. A história da Eloá me deixou meio pensativa também. Que pressão que a mídia faz, cruzes. 90% da culpa do mundo vem desse poder distorcido da comunicação. Ah, eu também fiquei tendo idéias radicais sobre como educar crianças. É sério, meus filhos serão um exemplo de disciplina! E nunca vão fazer aquelas orgias com direito a presente (H.I.V.), como eu li outro dia. Que merda, as pessoas que fazem essas idiotices e depois sou eu quem tem que rever os conceitos. No fundo, me deprime pensar que eu estou fugindo de algumas coisas - mas é mais fácil pensar que eu estou encarando outras e tentando fazer o esforço valer. As minhas unhas se foram de novo (eu ainda as tenho nos dedos, ok?) e eu não sei o que dizer ainda sobre a dança. Ir ou não ir, eis a questão. Nesse ponto, eu tenho certeza que só eu entendo a minha dificuldade - não por maldade, mas porque as pessoas não têm a mesma vivência. Talvez eu fique esperando ouvir coisas sem dar a entender ou mesmo merecer que é preciso que alguém diga alguma coisa. O meu cabelo tá tão feio e eu ando tão indisposta para Literatura. Queria dar um pulo nas minhas futuras férias, com anime, sorvete e boa companhia para risadas e passeios divertidos - mas talvez isso sirva de motivação para baixar a cabeça, fechar os olhos e esquecer tudo o que não é o que eu preciso saber agora. Não sei agir em despedidas - e essa imagem me lembra alguém.

5 comentários:

Anônimo disse...

Tipo han...eu na verdade não tenho muita opinião para dar sobre o post. As vezes como tu falou é só mesmo a vontade de falar, ou nessa caso escrever. Mas enfim. Sabe eu tinha uma certa politica de nunca comentar se eu não fosse acrescentar. Mas hoje eu me sinto quebrando regras.hauhauhaha. Tri que eu me senti como a gangue grangrena das meninas superpoderosas. Os caras que pisam na grana onde é proibido.
Sabe, sobre despedidas. Cara, como alguém pode agir bem em despedidas. Tipo, é aquela coisa qde que tu vai abraçar a pessoa, e não se encaixa e tal, e tu fica meio aliviado e triste por ela ir embora.
Sabe, agora eu tava pensando nesse treco. E bem, me veio a cabeça que eu nunca consigo demonstrar senitmentos verdadeiros. Tipo eu n sei agir bem quando me dão presentes. Mesmo que sejam bons presentes. Mas bem, e´mais amplo que isso a verdade.
Sabe, nesse treco de adiantaras férias que eu me perco as vezes. Não por isso na verdade, mas pelo fato de que tu estas ali fazendo algo que nem sempre tu gosta(estudar) para no fim fazer algo que tu possivelmente vai gostar.
Eu fico imaginando porque as coisas são assim. Tipo, as pessoas trabalham durante 8 horas por dia, mais hora do almoço,e na maioria das vezes em locais despreziveis, para no fim do dia terem no máximo quatro horas em casa, fazendo algo que elas gostam. É meio estranho na verdade que a nós passemos mais da metade de nossas vidas fazendo coisas que não gostamos. Eu to divagando.
Ah, eu li que a gente dorme tbm mais da metade de nossas vidas.
E sabe, hoje eu tava vendo um casal que trabalha junto. DEve ser um saco. Porque tu n tem nem ao menos a liberdade de estra em um local que tu n gosta com uma pessoa desconhecida. Tu vai estar com uma pessoa conhecida, o que broxa muito o negocio. Eu acho que pessoa quemoram juntas somente deveriam trabalhar para não se verem o dai inteiro, se nao isso qual o objetivo?
Tah, é bem, eu paro por aqui.
See you later.

Stigger disse...

:)

Stigger disse...

Me avisa, mas avisa mesmo... Realmente gostaria muito de conversar.

:)

Ps.: Tô indo pra Rio Grande de novo, de muda. Se eu demorar pra responder, já sabes o motivo.

:*

Guilherme Gomes Ferreira disse...

"e, para cada um, um psicólogo", hehe, a Ivy vai ficar rica! XD~

Okey, foi besta o meu comentário, mas eu gostei da frase :) e de todo o resto também, é tão bom ler um texto que não fala de um assunto com começo, meio e fim, mas no final das contas te fazer sentir tão pertencente e tão compreendido porque afinal, a nossa cabeça vive viajando assim, sem compromisso, e pensando num monte de coisas aleatórias e sem sentido (com sentido, se separadas), e enfim... ah, eu espero que (SEM PRESSÃO), tu vá muito muito bem no vestiba, e como tu é uma garota muito inteligente, eu aposto o meu futuro psicológico em ti. Afinal, eu também vou precisar de um psicólogo né, huhuhuhu
Aiai Ivy, Ivy... teu texto me fez querer uma tarde quente, com um vento gostoso batento no rosto, embaixo de alguma árvore, deitado na grama. Me remeteu a ficar assim, atirado sem preocupação, o céu ficando alaranjado e depois rósea. Tão diferente do tempo chato que tem feito em Porto Alegre, que saco! (*suspiro*)
Ah, aprendi que os franceses são mau humorados por natureza, e que quanto não querem responder uma pergunta, fazem cara de nojo, e respondem simplesmente: "boof!" (com biquinho e suspirando, hehe). Então, hoje que está um dia chato - mas eu não estou mau humorado -, vou tentar fazer pose de francês, hohoho

te adoro Ivysaura!

Guilherme Gomes Ferreira disse...

*mal humorados, hehe