quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Solitudine


Eu não sei se deveria me desculpar pelos últimos dias, quando a minha cabeça seguiu na direção oposta ao corpo, e o coração foi para o outro lado e, assim, foi realmente difícil que alguém me encontrasse inteira por aí, sem faltar um pouco de senso de humor ou sensibilidade ou mesmo um pingo de atenção e raciocínio. Ao menos meu alongamento melhorou. Sei lá, na real seria pior ainda já começar o dramalhão com isso de pedido de desculpas. Quem realmente tinha que ouvir isso já ouviu pessoalmente. Entre outras coisas, de repente mais óbvias e de mais fácil entendimento, o que me tira o sono é aquela reconstrução nostálgica de coisas que foram e não foram, do que falta ser dito e de como algumas palavras realmente não serão ditas. Eu não me sinto tão abalada com a distância, mas com a impossibilidade. Quando alguém está longe, ele pode continuar perto - basta vontade, lembrança, já não sei. Mas isso não me conforta agora. (Drama). E eu falei disso pra umas três pessoas e de repente não foi como eu queria que fosse, na maioria, e eu não esperava muito mais do que isso mesmo, afinal sou eu que tenho que sentir o que eu tenho que sentir (ótimo uso de palavras, dona Ivy), nem existe razão em esperar que mais alguém se fira com isso. E o fato é que talvez não mude nada mesmo, afinal a distância já existia. Só a impossibilidade, essa sim, nunca tinha se apresentado. E, num momento onde tu se sente um lobo gordo entre ovelhas meigas, ver pessoas se perderem no caminho, tipo água escorrendo pelos dedos, é realmente uma merda. Ainda mais quando é uma daquelas que te fizeram crescer e honrar o valor de uma amizade. So here i go...

Um comentário:

Guilherme Gomes Ferreira disse...

Noooossa Ivysaura.
Sabe, eu agora fiquei pensando se eu não estou sendo um pouco distante, "impossibilitando" a minha presença, mesmo que por trocas de scraps e pelo blog. Sempre sofri muito quando algum amigo o qual eu considerava demais, desaparecia do nada, e eu sentia aquele vazio pelas nossas vidas não terem se cruzado de novo. Até que eu me dei conta que nós é que devemos fazer nossas vidas se cruzarem com aqueles a quem desejamos bem, e vc é uma dessas pessoas, Ivy. Te quero tão bem, e nunca nunquinha quero ser distante de vc, das suas coisas, dos teus pensamentos.

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