Nossa, o Mercury cantando Bohemian Rhapsody me remete ao filme aquele da fábrica de chocolate. Ah, o último post foi tão deprimente. Escrever com uma pessoa te chutando do computador é realmente desagradável. Não ando com muita paciência ultimamente, mas isso é realmente justificável. De maneira geral, acho que as coisas vão melhorar. É, eu espero que sim. Continuarei sem muita paciência, mas terei gratificações por isso. Não exatamente por "estar impaciente"... enfim. Sabe, estou numa fase boa da vida. Primeiro semestre de faculdade, ao que me parece, é sempre do mesmo jeito para (quase) todo mundo. Minha psicóloga (só tive uma e parei de vê-la há um tempo) se equivocou nas suas previsões sobre meu infeliz destino. Mas ela não teve culpa, a tendência é mesmo eu ivyzar tudo. Acho que a ação do meu verbo, tentando interpretá-la como sendo algo bom e ruim, seria algo do tipo (olha a viagem...) "tirar da frente o visível / focalizar o interno". Ok, muito pouco modesto da minha parte e muito coisa de psicólogo. Mas, ah, eu realmente acho que estrago as coisas quando começo com isso. E ao mesmo tempo é o que eu sei fazer e, ainda que estrague as coisas, é o que me faz bem. Digo não gosto de estragar, mas enfim. Ok, lamentável. Depois da aula de sexta, segui de carro (não, não fui dirigindo ou algo assim) para um lugar não exatamente distante do mundo real, mas realmente bom para matar o tempo pensando em várias coisas - várias mesmo. Eu realmente gosto de ficar deitada olhando pro teto ou pra fora da janela. Devo parecer tri pastel, haha. Pior que eu tenho uma cara realmente pastel. Prefiro que isso não seja comentado, mas enfim. Haha. Ok. Bah, vi no Jô uma mulher que eu achei muito engraçada e fiquei dando risadas aleatórias durante o dia. Hoje vi um gambá tão bonitinho, mas fofinho mesmo. E dois tucanos que faziam barulhos esquisitinhos. Sabe, acho meio platônica demais essa idéia de abandonar "tudo" e ir morar no meio do mato definitivamente. Não falo de coisas do tipo "precisamos de internet" ou, sei lá, "no interior, não tem as fábricas de calcinha do centro da cidade" (dã), mas sei lá... é uma realidade bonitinha para quem se criou nesse ambiente. Eu penso em morar numa cidade menor, aquela coisa de filme, de ser um velhinho feliz ou poder criar seus filhos "com mais liberdade e segurança", mas acharia esquisito lidar com o passar das horas de forma tão diferente: sabe, ainda uso relógio e despertador. Não me guio pelo sol. Eu pareço uma ignorante por falar as coisas desse modo, mas é claro que foi uma explicação um tanto resumida. Eu estou ouvindo músicas ótimas e pensando no que eu pensei durante a maioria do tempo em que estive out. Sabe, eu devo parecer ser meio ingrata, do tipo que é uma boa companhia (eu escrevi campainha...) só quando me convém. Meus exemplos para negar isso são dramáticos demais para caber aqui. Eu fico triste quando percebo que não passo 'segurança' nas minhas relações - digo, eu sou confiável mas eu mesma induzo o planeta a pensar o contrário. Até eu acredito mais no outro lado da história, eu acho. Capaz. Eu não sei até que ponto o passado realmente deixa de ser relevante. E não sei até que ponto minhas explicações são necessárias e convincentes. Quer dizer, por mais que sejamos um jogo de publicidade o tempo todo ao nos comunicarmos com as pessoas e 'vendermos' nossas idéias, eu realmente falo abertamente com uma dose de inocência que, muitas vezes, me deixa 'em maus lençóis'. Essa expressão é tão infeliz, haha. Gosto de passar horas argumentando sobre os meus conflitos e os dos outros, só tenho medo de que meu lado complicado realmente fique se exibindo... ele gosta de aparecer em momentos indevidos. Quando eu declaro aqui que uma coisa é ficção é porque, realmente, a cena não existiu. Eu não seria indelicada de retratar algo ruim com tanta clareza por aqui... digo "ruim" porque a maioria dos meus textos não são exatamente felizes. Gosto de discussões (não necessariamente "brigas"), do duelo entre razão e emoção - não que eu consiga ou tente passar isso pra cá (er...), mas realmente gosto. E tenho um pouco de repulsa por essa aspiração à alegria. Acho que podemos ser laranjas, podemos ter várias cores, mas não precisamos e nem devemos ter essa pretensão de viver isso o tempo todo. Como qualquer coisa na vida, que, em exagero, compromete o prazer. (Nossa, me senti meio Alexandre Pires escrevendo isso - na nova fase, não na era do bigodinho...) Mas, no fundo, é bem assim. Bem assim. Acho que foram duros comigo e não pouparam palavras - e pra sempre vou ter um nojinho da idéia de que "porque todo mundo faz alguma coisa eu faço também". Mesmo que, por vezes, eu compartilhe dela e, entre outras coisas, isso me torne uma hipócrita. Haha palavra forte, hun? É, eu andei pensando umas bobagens. Sabe, tem coisas que são julgadas como crime porque é mais fácil "a vítima" se declarar vítima do que aceitar que é culpada também. Ou porque não existe culpado, não existe um regimento... Tem um filme que eu gosto que fala um pouquinho disso. Quer dizer, que culpa você tem se, depois de casado, você conhece uma mulher casada e se apaixona? Tudo bem, a penalidade vai para as coisas que provavelmente aconteceram às escondidas... mas, ainda assim, é idiota: a ex-mulher do cara vai estar se sentindo uma merda porque ele já não sente o mesmo amor por ela - e a revolta toda vem desse ponto. Quer dizer, o cara não 'quis' se apaixonar. Enfim, eu estou falando de forma meio babaca, não queria que esse fosse o exemplo (peguei a idéia do filme, onde - aparentemente - foi amor à primeira vista... ou sou eu que estou sonolenta). Enfim, não disse nada com nada, mas acho que consegui expressar um pouquinho da minha angústia. Ando chateada com umas coisas. Quero dizer, comigo também. Não sei até que ponto é egoísmo tentar ser feliz 'apesar do outro estar infeliz'. Eu tinha lido uma vez que a gente ama 'apesar de' a pessoa ser assim ou assada e que, por isso, o amor e etc. é uma coisa bonita. Não, acho que não tinha esse desfecho. Mas enfim, eu acredito nisso. Tanto é que eu admiro pessoas com defeitos, de carne, osso e gordurinha. Com cabelos, sem cabelos, exóticas, estereotipadas... enfim, eu gosto de pessoas de verdade - como foi escrito há pouco... Eu me preocupo com pessoas que, teoricamente, "já passaram". Quero que a maioria delas seja feliz, muito feliz. E não gosto de como as coisas se perderam ao longo do tempo, digo a profundidade das coisas: "ficar", namorar, casar... não sei, ainda soa esquisito pra mim porque não se trata de uma linguagem universal. Eu, Ivy, só "fico" com pessoas que eu conheço e 'gosto' - não coleciono pulseirinhas da festa do beijo ou esse tipo de coisa. Meio adaptada e pretensiosa, mas ainda sou romântica em alguns aspectos. Dispenso as flores, mas aceito o cartão. (Achei essa frase tão boa, sério! Pena que possa ser interpretada como 'cartão-de-crédito'... não, ninguém faria isso por aqui, né?) That's it. Esse texto foi embalado basicamente por "In my life (Beatles)" e "Sea of Love (Cat Power)", então não poderia sair menos melado do que isso. 'Dispenso as flores, mas aceito o cartão'... Adorei.
Ps: essa foto ficou assustadora, mas azar.
domingo, 24 de maio de 2009
in my life...
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Um comentário:
Adorei. xD
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