domingo, 29 de julho de 2007

Poder.

"Coragem não é a ausência de medo."
E nem sempre o que não te deixa desistir é exatamente coragem - pode ser simplesmente orgulho.
Se eu digo que as pessoas devem ser aceitas com seus defeitos (que ironia, logo eu dizendo isso), não é só porque isso é a realidade, onde ninguém é perfeito, mas porque tudo muda. A visão de mundo sobre a pessoa muda.
Quando eu aprendi, acho que na segunda série ou algo assim, o que eram adjetivos (tá, de repente foi na terceira, eu não sei) eles vinham acompanhados do conceito de "qualidade". Qualidade pode ser algo bom ou ruim, é variável. E isso está presente em toda a relação do homem com o espaço. O que pode ser um defeito para mim, pode ser mega atraente para uma outra pessoa. Logo, defeitos e qualidades se anulam.
Ah, eu gosto dessa diferença de olhares. E gosto de olhares sobre o meu ponto de vista. No fundo, a crítica é algo realmente bom. Colocar os pés no chão, repensar sua atitudes... "mudar"... mas mudar por você, é claro. Ou não. Tem críticas que realmente não vêm de fontes confiáveis.

Sabe, tem isso também... não é deixar de ouvir outras vozes, mas é preciso dosar o que se leva em consideração. Não acredito que o olhar de uma pessoa que não é próxima ou não tem alguma experiência no assunto valha muito. Sim, pode ser bem ignorância dizer isso, mas enfim. Claro que existe o fator 'o ideal é se igualar' ou, sei lá, aprender com os 'mais novos'. Mas é tudo bem relativo. É, eu sou orgulhosa.
E outro dia uma amiga minha veio falar disso, de coragem e tal. E me idealizou um monte ali. Eu tive que dizer que era tudo uma fraude, e não foi a primeira vez que isso acontece. No fundo é aquela coisa bem musiquinha do Luxúria, "eu te apavoro mas não posso te enfrentar". Não estou falando exclusivamente de mim. Todo mundo é um pouco assim... A própria exposição exige esse tipo de máscara das pessoas.
E então me falaram nisso, de auto-controle. Sabe quando vem uma luz nos olhos, do nada, e te cega?! Pois é... eu fico tão perdida no 'auto-conhecimento' que esqueço as outras coisas relacionadas. E de repente nem acredito mais naquela coisa de inteligência emocional (para o meu lado da coisa, não no geral).
Mas nisso entram outras questões. Fora que eu sou muito presa em passado, muito mesmo. Ao cubo. É muito raro eu me planejar ou coisas assim também por isso. Aquela filosofia de que o futuro é o que passou, que devemos aprender com o que foi vivido... e no fim, pelo excesso de inércia, tu
do vai se tornando um ciclo. Eu achei uma comunidade muito bala, onde a descrição dizia isso: (copia e cola) "Pra você que é contra o sistema, mas participa dele na maioria das vezes. (...) Você ainda espera o Che Guevara do século XXI sem saber que qualquer um pode ser a mudança que o mundo precisa". E é meio assim, esperando que eu me sinto. Mas eu não tenho espírito de heroína, ainda que eu conviva com aquela fantasia de ser o Escolhido.
Ah, eu sou pequena demais para falar de auto-controle. Eu vou morrer sem saber tanta coisa... mas, sei lá, no fundo eu fico feliz de ter pessoas que, sei lá, são reais exemplos para mim. E hoje o dia foi para isso... é tempo de evoluir, de fazer jus à razão... porque se conhecer, refletir, crescer são as verdadeiras fontes de poder. Sabe, é bem aquela coisa... você não precisa saber de tudo, mas deve entender o que você é capaz. Assim se domina os outros, se adquire o que se quer... não exatamente falando de forma malvada, mas é a pura verdade. Comece por você.

:}


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